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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Alunos da rede municipal participam de torneio de robótica



(site prefeitura de Manaus)
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Começou nesta sexta-feira, 13, no ginásio do Serviço Social da Indústria (Sesi), a etapa região Norte da First Lego League – competição internacional de robótica. Cerca de 300 alunos de 31 escolas públicas e particulares participam da disputa. Entre elas, há duas unidades de ensino da rede municipal: Profª Sônia Maria da Silva Barbosa e Carlos Gomes.

A competição tem como tema este ano ‘World Class: qual o futuro do aprendizado?’. Dentro do qual os alunos tiveram que buscar soluções para aprimorar as práticas pedagógicas nas escolas, utilizando a robótica educacional como ferramenta.

A equipe da Escola Municipal Sônia Maria, do Jorge Teixeira, zona Leste, é formada por sete alunos e foi batizada com o nome Live Corp Sônia Maria. Os estudantes desenvolveram o REI (Robô Educacional Interativo), que auxiliará os professores no ensino dos conteúdos em sala de aula. Ele é acoplado a uma caixa de som e possui, em seu banco de dados, perguntas sobre diversas disciplinas.

“Esse projeto é o Rei, Robô Educacional Interativo, que auxilia o professor dentro da sala de aula. O professor leva-o até o aluno e ele fará uma pergunta. Cabe ao aluno responder verdadeiro ou falso. Se acertar, ele anda dois segundo para frente. Se errar, ele vai continuar perguntando até a pessoa acertar. A aula fica muito mais legal, porque às vezes o professor se torna muito monótono. Agora, como um robô não é algo que nós vemos todos os dias, os alunos ficam mais interessados e isso ajuda o professor”, explicou Paulo Guilherme de Siqueira, um dos integrantes do grupo.

Já a Escola Municipal Carlos Gomes desenvolveu o projeto Vivá (palavra indígena que significa: forte como a natureza). A ideia sugerida é comprar uma balsa, equipá-la e, durante os meses de cheia, usá-la como balsa escola.

“A ideia dos alunos é oferecer uma alternativa para os ribeirinhos durante a época de cheia. O projeto prevê que com a balsa escola, barcos pequenos recolheriam as crianças nas comunidades e as levariam para esse flutuante, oferecendo uma alternativa para que o aluno não seja prejudicado durante o ano letivo. Esse projeto de robótica estimula a criatividade e a responsabilidade dos estudantes, além de ser um atrativo a mais para as disciplinas exatas”, explicou o diretor da unidade de ensino, Zacarias dos Santos.

Transformação
Atual coach (técnica) da Liver Corp Sônia Maria, a estudante Emily Santos, 17, fez parte da equipe que foi classificada para a etapa nacional da First Lego League, em Taguatinga (DF). Para ela, a robótica significou uma transformação educacional. Antes uma aluna sem dedicação, após conhecer o projeto, a estudante se tornou a melhor da unidade de ensino.

“A robótica me modificou por inteira. Eu era a pior aluna da escola (Escola Municipal Profª Sônia Maria da Silva Barbosa),  bagunceira, desrespeitava os professores, mas depois que fui chamada para entrar no projeto de robótica como aluna em 2013, foi uma transformação que até eu mesmo me impressionei. Eu acabei me tornando a melhor aluna da escola, tirando só nota 10 em todos os bimestres. Hoje, sou mentora da atual equipe. Eu costumo dizer que eles são meus filhos e fico feliz de poder passar para eles aquilo que eu aprendi com meus professores, a experiência que é estar em um torneio desses. É uma experiência inesquecível”, disse Emily, que está se preparando para prestar vestibular para Odontologia.

Competição
Ao todo, cerca de 300 alunos de 31 escolas públicas e particulares estão participando da etapa regional da First Lego League. Seis equipes serão classificadas para a etapa nacional, em Brasília, entre os dias 13 e 15 de março.

Nesta sexta-feira, 13, e sábado, 14, as equipes serão avaliadas em quatro provas. Na primeira, é explicado para os jurados como se deu o processo de escolha do tema e o que foi pesquisado. Em seguida, é avaliado também o comportamento dos participantes, o designer do robô e como foi feita a programação dos movimentos e, por fim, é feito o desafio, onde em uma mesa, o robô precisa se movimentar e ultrapassar obstáculos.

“Os eventos de robótica têm um tema e cada tema traz para o aluno uma possibilidade dele se explorar como educando. Ele vai desenvolver projetos e habilidades, sejam elas relacionais, subjetivas e até mesmo ligadas às disciplinas de química, física e matemática. Ano passado, foi o primeiro ano do torneio e já vemos que esse ano houve um amadurecimento. Os projetos estão bastante interessantes”, afirmou a gerente educacional do Sesi, Rita Machado.

TEXTO: THIAGO BOTELHO
FOTOS: LTON SANTOS

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