(portal Acrítica)
Partido
expulsou dois vereadores - Professor Samuel e Jacqueline - que
descumpriram orientação interna e votaram no candidato apontado por
Artur Neto
Professora Jacqueline, assim como o colega, deixou de seguir
orientação do PPS. Professor Samuel disse que já foi procurado por
outros partidos para se filiar
Os
acordos firmados para a eleição do novo presidente da Câmara Municipal
de Manaus (CMM), vereador Wilker Barreto (PHS), provocaram a expulsão de
dois vereadores do PPS – Professor Samuel e Jacqueline. O diretório do
PPS pedirá à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos dos dois
parlamentares e a posse dos suplentes, de acordo com o vice-presidente
da sigla, Edinaldo Sousa.
Na
noite de terça-feira, durante reunião realizada na sede do PPS, os
vereadores Professor Samuel e Jacqueline foram expulsos, por
unanimidade, por uma ala de integrantes da Executiva Estadual, ao
julgarem o relatório final do processo que tramitava no Conselho de
Ética do partido.
A
cúpula do PPS havia decidido que o partido não votaria no candidato
(Wilker Barreto) apoiado pelo prefeito Artur Neto (PSDB) para presidir a
CMM pelos próximos dois anos, porém, durante a eleição, ocorrida no dia
17 de janeiro, Samuel e Jacqueline foram na contramão da decisão da
sigla, e votaram na chapa encabeçada por Wilker.
Na
representação, os vereadores foram acusados de não participar do fórum
interno partidário em suas discussões e atividades; não fazer campanha
eleitoral para os candidatos da legenda e/ou coligados ao PPS na eleição
de 2014; não seguir a orientação em apoiar as manifestações populares
de críticas às falhas do prefeito em sua administração; não seguir
orientação de voto para bancada, formalmente protocolado em seus
gabinetes na votação que elegeu o presidente da CMM indicado pelo
prefeito Artur Neto.
Questionado
sobre a decisão do partido, Professor Samuel se mostrou saudosista e
disse ter “boas recordações” da legenda. “É que é onde eu tive o
privilégio de ser vereador. E eu sou vereador do PPS apesar deles
estarem nessa busca pela minha expulsão. Agora eu estou preparado e sei
ser grato a tudo aquilo que as pessoas me fazem de bom, e estou
aguardando, pois me considero ainda da sigla”, sustentou Samuel, que
está no primeiro mandato.
O
parlamentar declarou que somente após a decisão da sigla for
oficializada é que estudará que tipo de recurso poderá usar para
permanecer ou não na legenda. “O que eu puder fazer para permanecer, eu
farei, e se isso não for possível eu vou tomar uma decisão, pois estou
fazendo meu trabalho e tenho certeza que se eu não ficar no PPS, existe
um número muito grande de partidos que me querem e que sabem que venho
desenvolvendo um trabalho em prol da cidade”, argumentou.
‘Não tivemos nem como nos defender’
A
vereadora Professora Jacqueline (PPS) lamentou a atitude de um grupo de
seu partido que decidiu pela expulsão dela e do colega de legenda,
vereador Professor Samuel. A parlamentar disse que não praticou nenhuma
atitude contra o partido que desabonasse a conduta dela. “Até agora não
fui notificada dessa decisão e fiquei sabendo disso pela imprensa. Na
verdade, não tivemos nem como nos defender”, disse.
Sobre
a possibilidade de buscar outro partido, a vereadora declarou: “Ainda
não estou pensando nisso, porque gosto do PPS e sempre me identifiquei
com sua ideologia. Se for confirmada essa decisão, vou acionar minha
assessoria jurídica para recorrermos dessa decisão unilateral”, disse
Jacqueline.
O advogado Yuri Dantas,
que defende o prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB), na esfera
eleitoral, e é o defensor dos vereadores do PPS, Professor Samuel e
Professora Jacqueline, no processo de expulsão, declarou que caso seja
necéssário irá recorrer a medidas judiciais.
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