(portal Acrítica)
A comissão de contas públicas do Corecon-AM vai analisar o valor e os serviços executados no projeto, orçado em R$ 17,88 milhões, para esclarecer o cidadão
Com 2,32 quilômetros, a ciclovia foi sobreposta ao canteiro central e custou R$ 440 mil aos cofres públicos
Até
o final de junho, o amazonense deverá ter um esclarecimento técnico à
sua disposição em relação ao valor investido na construção da ciclovia
da Avenida Boulevard Álvaro Maia, na zona Centro-Sul de Manaus.
A
obra, que já custou R$ 440 mil aos cofres públicos, e cujo projeto
completo (incluindo melhorias estruturais em outras vias) está orçado em
R$ 17,88 milhões, será o primeiro alvo de análise da comissão econômica
de contas públicas criada no último sábado pelo Conselho Regional de
Economia do Amazonas (Corecon-AM).
A
comissão, formada pelos economistas Marcus Evangelista, Nelson Azevedo e
Ricardo Reis, pretende apresentar um parecer econômico à sociedade como
forma de esclarecer se houveram irregularidades quanto ao valor orçado
para a realização da obra.
“Recebemos
um grande número de reclamações em nosso canal de ouvidoria do conselho
nas últimas semanas. As pessoas têm muitas dúvidas sobre o andamento da
obra e principalmente sobre o valor orçado para sua estruturação”,
contou o presidente do Corecon-AM, Marcus Evangelista.
Segundo
ele, a ideia não é fiscalizar ou investigar o poder público. “O que
queremos é dar uma resposta esclarecedora e embasada à população sobre
cobranças que nos foram repassadas a respeito de serviços e obras
públicas consideradas polêmicas ”, afirmou.
O
economista e conselheiro do Corecon-Am, Ricardo Reis, enfatizou que a
Resolução 131/2015 que institui a criação da comissão de contas públicas
considera o economista apto a emitir pareceres públicos, laudos,
projetos, análises e opiniões econômicas.
“A ideia é ajudar as pessoas a entenderem de forma técnica porque uma obra chegou a um determinado valor”, reforçou Reis.
Procedimentos
O
primeiro passo, de acordo com o vice-presidente do Conselho, Nelson
Azevedo, é solicitar os detalhes da obra ou serviço por meio dos
dispositivos da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). “Com os
dados em mãos, comparamos os valores previstos nos projetos financeiros
com o valor de mercado”, esclareceu.
Segundo
Evangelista, a solicitação será feita à Prefeitura até a próxima
sexta-feira. “A partir daí, o prazo de 120 dias começa a correr”,
salientou.
Internautas criticam a nova ciclovia
Inaugurados
no dia 08 de fevereiro, os 2,3 quilômetros da ciclovia causaram
polêmica também entre internautas, conforme apurou na ocasião a
reportagem de A CRÍTICA.
A Prefeitura precisou responder as críticas e tirar dúvidas a respeito do trecho da obra.
Além
do valor, considerado exorbitante, os internautas questionaram a forma
como a obra foi estruturada. “Isso não é ciclovia. O projeto inicial era
sobre a via pública, não sobre o passeio. E na continuação até a Ponta
Negra será assim também?”, criticou um dos internautas.
Conforme
a prefeitura, a faixa vermelha no canteiro central é de uso exclusivo
dos veículos leves e o outro lado é restrito a quem utilizar o passeio
público a pé.
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