(portal Acrítica)
Diretor-presidente do Detran-AM diz que esperar, desde maio do ano passado, dar continuidade às negociações com as empresas do sistema
A frota atual do transporte coletivo é de 1,6 mil ônibus e, segundo Leonel, cerca de 80% desse total está em dívida
Além
de não atender de maneira satisfatória a demanda dos usuários de
Manaus, a frota de ônibus das empresas do sistema de transporte coletivo
está na rua em dívida com o licenciamento anual e o Seguro Obrigatório
de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre
(DPVAT) há, pelo menos, cinco anos.
O
diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas
(Detran-Am), Leonel Feitoza, disse que espera, desde maio do ano
passado, os representantes das empresas do transporte coletivo para dar
continuidade às negociações. “Eles - do Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros de Manaus (Sinetram) - pediram o
parcelamento, nós consultamos a procuradoria para saber se poderia haver
parcelamento e falamos que era possível. Mandamos alguns documentos
para eles falando de como seria esse parcelamento, mas ainda estou
esperando que eles venham até o Detran”, disse Leonel.
A
frota atual do transporte coletivo é de 1,6 mil ônibus e, segundo
Leonel, cerca de 80% desse total está em dívida com o licenciamento e o
seguro DPVAT. “A dívida existe, chega à casa dos milhões e só aumenta,
mas não fomos procurados novamente”.
Ainda
conforme informações do diretor-presidente, o Detran vai solicitar o
valor total do endividamento junto a Processamento de Dados do Amazonas
(Prodam). “Não estou mais em posse desses números porque passou muito
tempo novamente e o valor já é outro, mas vou me atualizar e esperar”,
ressaltou.
O
Sinetram não entrou em detalhes sobre o assunto e informou apenas que
“há atrasos no licenciamento de algumas empresas, no entanto outras
estão com o pagamento em dia”.
Usuários
Sem
saber que paga um valor mais alto para utilizar veículos irregulares, o
que mais incomoda os 900 mil passageiros diários é a ineficiência dos
serviços prestados. Para os que precisam, a demora, a falta de educação
dos motoristas e cobradores, paradas de ônibus e terminais abandonados e
sem reparos há anos, não justificam o recente aumento para R$ 3.
Sem
lugar para se abrigar, a espera é ainda pior para o industriário Júnior
César Leite, 37. Na avenida 7 de Maio, no Santa Etelvina, a parada não
tem cobertura, bancos e nem identificação. “Nunca teve parada aqui. O
ônibus pode demorar o quanto for que nós vamos continuar sentados no
meio fio”, afirma o morador do bairro.
O
que incomoda a dona de casa Ana Cristina Nascimento, 48, moradora do
conjunto Cidade Nova 5, é a demora. “Nessa área temos duas linhas que
demoram muito. Essas linhas só nos levam para o terminal, que não é
metade da viagem se eu quiser ir ao Centro, por exemplo”. Ana disse
ainda que é uma das muitas moradoras da cidade que gostaria de abrir mão
dos carros particulares para utilizar um transporte público de
qualidade.
Mesmo
correndo risco de machucar a perna, a usuária Teresinha da Silva
Barbosa, 34, se arrisca em um banco com ferros a mostra. Ela e a filha
moram em Manicoré e estão em Manaus há seis meses.
Nos
terminais, a insatisfação é geral. O Terminal 1, na Constantino Nery, é
um dos mais criticados. “O local é vergonhoso. Sei que muito é parte do
vandalismo, mas o que me pergunto é o motivo de não se colocar
segurança para evitar e reformar essas áreas?”, desabafa Silene
Ferreira, 47, que trabalha de vendedora ambulante.
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