(portal Acrítica)
Procedimento vai apurar a conduta dos três médicos. Eles serão julgados pelo Código de Ética Médica do CRM-AM
Presidente do CRM-AM, José Bernardino Sobrinho, disse que Denis e
Armando já estavam sendo investigados pelos mesmos crimes
A
classe médica reagiu com repúdio à prática criminosa dos médicos
ginecologistas e obstetras Armando Andrade Araújo, Denis Almeida e
Odilon de Oliveira, acusados de integrar uma quadrilha especializada em
cobrar dinheiro para fazer partos, laqueadura e outros procedimentos
ginecológicos em maternidades públicas de Manaus.
Eles
tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Henrique Veiga e
poderão ter seus direitos de exercer a profissão cassados em todo o
território nacional, segundo informou ontem o presidente do Conselho
Regional de Medicina (CRM-AM), José Bernardes Sobrinho. “A classe médica
está indignada com os atos destes médicos”, disse.
Bernardes
informou que Denis e Armando já estavam sendo investigados pelo
Conselho havia um ano pelos mesmos crimes pelos quais foram presos.
Ontem, assim que tomou conhecimento da prisão dos três médicos, ele
acionou os assessores jurídicos para que fossem à Seccional Norte tomar
ciência dos fatos.
Bernardes
informou que o Conselho vai instaurar um procedimento para apurar os
fatos e que esse poderá gerar um processo. Se ficar comprovado que são
procedentes, Denis, Odilon e Armando serão julgados pelo Código de Ética
Médica e por se tratar de fatos considerados graves poderão ser punidos
com pena que vai desde uma advertência sigilosa até a cassação do
registro de médico. “Condenamos veementemente essa conduta que vem
denegrir a classe médica perante a opinião pública”, disse o presidente
do CRM.
A
Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) enviou nota informando que
repudia veemente práticas da natureza investigada e coloca-se à
disposição das autoridades policiais no que for necessário para o
aprofundamento das investigações.
De
acordo com a nota, o médico Armando Andrade Araújo faz parte do quadro
de obstetras da Maternidade Moura Tapajós desde 2009 e até então não
havia nenhuma denúncia formalizada a seu respeito, mas em virtude das
acusações e prisão ocorridas ontem, o secretário municipal de Saúde,
Homero de Miranda Leão Neto, determinou o afastamento dele da escala de
plantão.
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