(site prefeitura de Manaus)
As características são facilmente identificáveis. Olhos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado, orelhas pequenas, mãos menores com dedos mais curtos. Mas a principal característica encontrada em uma pessoa com Síndrome de Down é o carinho que ela transmite. Por isso, o cromossomo a mais encontrado nos portadores da síndrome é chamado, por muitos, de cromossomo do amor. Para chamar a atenção da sociedade para acabar com o preconceito e a discriminação, foi instituído o dia 21 de março como Dia Internacional da Pessoa com Down.
Em Manaus, pela primeira vez, uma semana inteira é dedicada para discutir o tema. O prefeito Arthur Neto abriu oficialmente a I Semana Municipal da Pessoa com Síndrome de Down, na manhã desta quinta-feira, 19, no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM). No Amazonas, estima-se que mais de três mil pessoas sejam portadoras da síndrome.
“Eu acredito que nós temos que conscientizar a sociedade. Hoje, os portadores da Síndrome de Down vivem mais e com isso é preciso ter mais assistência a eles. Aqueles que podem ser trabalhados pra desenvolverem atividades, que podem ter uma vida mais independente, precisam ser incentivados. Aqueles que não podem, precisam ser amparados de verdade”, destacou Arthur Neto.
A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Goreth Garcia Ribeiro, destacou que é preciso discutir o assunto de forma mais ampla, com envolvimento de diversos setores da sociedade.
“Essa semana não quer apenas estudar projetos em que a gente possa intensificar o apoio às instituições que atendem as pessoas com Down, mas viabilizar o olhar muito mais amplo da sociedade fazendo o seu papel. Como poder público, nós estamos fortalecendo a rede de atendimento levando melhor qualidade de vida aos portadores e às suas famílias”, afirmou Goreth Garcia Ribeiro.
A sessão solene na CMM foi proposta pelos vereadores Joãozinho Miranda (PTN) e Socorro Sampaio (PP). Diversas instituições participaram da solenidade como a Associação de Pais e Amigos do Down no Amazonas (APADAM), Federação Brasileira das Associações Sindrome de Down, Sociedade Pestallozi do Amazonas, Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Autista (FADA) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Para eles, a data marca lutas e desafios em prol de pessoas com Down. “Isso pra gente está sendo uma vitória porque este evento passa a fazer parte do calendário oficial da prefeitura. Há tempos nós vínhamos batalhando por isso, para que a sociedade pudesse tomar conhecimento da Síndrome de Down”, afirmou o presidente da APADAM, Omar Maia, destacando que muitos ainda acham que a síndrome é uma doença quando, na verdade, é apenas uma falha genética no cromossomo 21. “As dificuldades são grandes, mas cada vez mais estamos incluindo as pessoas com Down na sociedade”, afirmou.
Para a coordenadora da APAE Manaus, Elisângela Farias, as pessoas não podem se limitar apenas ao dia 21 de março e sim se preocupar com as pessoas com Down durante o ano todo. “As pessoas devem visitar mais as instituições. Muitas vezes somos lembrados apenas nesta data. Mas temos o dia das crianças, Natal, as datas da Páscoa, ou seja, muitos outros eventos grandes que a sociedade pode dedicar um tempo para passar com essas pessoas. Assim como nos visitar em dias comuns e assim conhecer a nossa realidade”, destacou Elisângela.
Reportagem: Leonardo Fierro
Fotos: Karla Vieira/Semcom
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