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quinta-feira, 26 de março de 2015

Professores da zona rural participam de seminário para discutir a educação no campo

(site prefeitura de Manaus)
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Professores de 87 escolas da zona rural de Manaus participam desde esta quarta-feira, 25, do 2° Seminário de Educação do Campo e Escola da Terra no Contexto Amazônico. O seminário ocorre em tempo integral e termina nesta quinta-feira, 26, no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A proposta é trabalhar conceitos para uma educação diferenciada nas escolas da área.

O seminário marca também o encerramento do Curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo – Prática Pedagógica e visa debater as políticas públicas da educação do campo.

Participam do evento educadores de 18 municípios do Amazonas, incluindo 64 professores do 1º ao 5º ano da rede municipal de ensino de salas multisseriadas.

O curso acontece durante dois dias na semana, sempre no final de cada mês nas dependências da Ufam. A ação faz parte do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) do Ministério da Educação (MEC/Seceadi), em consonância com a Faculdade de Educação da Ufam, Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Semed, Núcleo de Estudo Interdisciplinar e Relações de Gêneros do Amazonas (Nereigam).

“O curso de aperfeiçoamento e o seminário visam levar uma educação diferenciada da educação urbana, sem deixar de lado o conteúdo. As aulas no campo devem ter nova metodologia, que é a pedagogia da alternância, porque o aluno vai para escola, mas tem o seu trabalho, inclusive há uma ligação entre trabalho e a educação”, concluiu a coordenadora adjunta do Curso de Aperfeiçoamento Escola de Terra da Ufam, Arminda Mourão.

De acordo com a assessora pedagógica das Escolas do Campo da Semed e interlocutora entre a rede municipal, a Seduc, Ufam e o MEC, Waldileia Cardoso, a prefeitura proporcionou aos educadores da rede uma especialização para que possam trabalhar melhor nas escolas na zona rural de Manaus.

“Foi selecionado um professor de cada escola e todos tiveram a oportunidade de trabalhar os conceitos sobre a educação do campo. Ou seja, do ponto de vista da identidade do professor do campo, qual é a realidade onde a escola está inserida, qual a diferença entre a personalidade e o comportamento de uma criança que está no ramal e outra do centro da cidade, com acessos a diferentes tipos de tecnologia”, explicou.

O professor Ilson de Souza Menezes, da Escola Municipal Santa Rosa 2, localizada no Baixo Rio Preto da Eva – Rio Amazonas, zona rural, explicou que a unidade atende a 50 alunos da educação infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Para ele, o seminário será importante para a implantação de projetos na instituição de ensino.

“O fechamento desse evento consolida o que aprendemos durante todo o curso. Nós vamos levar um benefício muito grande para a comunidade, porque conseguimos aprender técnicas novas de trabalho para ligarmos a comunidade à escola. Com isso, temos a oportunidade de trabalharmos um desenvolvimento maior em nossa área, que fica distante da capital”, frisou.

Seminário
Na abertura do seminário nesta quarta-feira, 25, houve o círculo de diálogo com tema “Políticas Públicas Nacional e Escola da Terra no Contexto Amazônico” e “Educação do Campo uma Nova Abordagem”, com representantes da Ufam, Seduc, MEC/Secadi e formadores da Escola da Terra.

Nesta quinta-feira, 26, a programação prossegue com circulo de diálogo, com oficinas de letramento, ensino da matemática, história/geografia, projeto de ensino na educação do campo e ensino de arte na diversidade, além de atividade cultural e exposição das experiências da Escola da Terra dos 18 municípios participantes do seminário.

Texto: Paulo Rogério Veiga
Fotos: Lton Santos

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