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terça-feira, 24 de março de 2015

Profissionais de saúde de todo o Estado discutem, em Manaus, o controle da tuberculose

(site prefeitura de Manaus)
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Profissionais de saúde dos municípios amazonenses estão reunidos em Manaus participando do II Simpósio Estadual de Tuberculose. O evento teve início na manhã desta segunda-feira, 23, no auditório Berlamino Lins, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, e segue até quarta-feira, 25, e faz parte da programação pelo Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, em 24 de março.

Para discutir as estratégias de combate à doença e às dificuldades encontradas nos serviços de saúde para a redução do número de casos no Amazonas, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) participa do simpósio, organizado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), por meio da coordenação municipal do Programa de Controle da Tuberculose.

Para o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, o município de Manaus e o Estado do Amazonas devem buscar priorizar cada vez mais as ações de combate à tuberculose. “O trabalho dos gestores da saúde é elaborar os instrumentos necessários para facilitar a ação dos profissionais que atuam diretamente nos serviços de saúde, simplificando as ações para que sejam mais rápidas e eficientes”, afirmou Homero de Miranda Leão.

O diretor presidente da FVS, Bernadino Albuquerque, explicou que o simpósio também é uma oportunidade para avaliar as ações desenvolvidas nos municípios do interior e atualizar as equipes sobre os novos direcionamentos do Ministério da Saúde no combate à doença. “A tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública no estado do Amazonas e que precisa ser discutida para se atingir uma redução significativa no número de casos”, destacou Bernadino.

Casos – O município de Manaus registrou no ano passado 1.937 casos novos de tuberculose, representando um taxa de incidência de 107,5 casos por 100 mil habitantes. De acordo com a chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose, Lucianne Maria Aguiar de Almeida, a tuberculose é uma doença com estreita relação com questões de vulnerabilidade socioeconômica.

“Cada vez mais vem sendo observado que os pacientes atendidos apresentam situações como ausência de moradia adequada, de emprego e de renda, assim como déficit nutricional e abuso de álcool e outras drogas. São situações que representam desafio para o alcance das metas de cura, já que os serviços de saúde não possuem governabilidade para o enfrentamento desses fatores”, explicou Lucianne.

A Semsa vem desenvolvendo estratégias para fortalecer a estrutura da rede de Apoio e Diagnóstico, uma vez que o diagnóstico da doença permite o início do tratamento e, consequentemente, a redução no risco de transmissão.

Uma dessas estratégias foi a implantação do Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) nos quatro laboratórios distritais da rede municipal de saúde, realizada no ano passado. É um teste automatizado, simples, de rápida e fácil execução por parte dos laboratórios e detecta simultaneamente o Mycobacterium tuberculosis, bacilo transmissor da doença, e a resistência à rifampicina (uma das medicações utilizadas no seu tratamento), diretamente no escarro, em menos de 2 horas.

“A implantação do teste contribuiu para a maior agilidade no diagnóstico e para o início mais precoce do tratamento recomendado para cada caso. Essa estratégia, caso seja aliada à redução do percentual de abandono ao tratamento, trará como benefício a redução da morbimortalidade por tuberculose e do número de casos tratados erroneamente”, reforça Lucianne Almeida.

Programação – Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, a Semsa também intensificou as ações de comunicação, mobilização social e educação em saúde durante esta semana nas unidades de saúde, para ampliar o conhecimento da população sobre os sinais, sintomas e impactos socioeconômicos da doença.

A meta, para 2015, é manter a ações de educação em saúde para a comunidade em geral, trabalhadores, usuários dos serviços públicos de saúde e escolares, e intensificar as atividades de busca ativa de casos suspeitos da doença (Sintomáticos Respiratórios), dos pacientes que estejam faltosos ao tratamento, evitando um futuro abandono, e dos contatos domiciliares dos casos de tuberculose para descobrir precocemente novos casos.

A Semsa também pretende instituir ainda nesse primeiro semestre de 2015, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, uma rede de apoio social para prestar atendimento mais adequado aos pacientes sem emprego e renda, buscando melhores condições para o tratamento e a cura da tuberculose.

Foto:Assessoria de comunicação

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