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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Desmatamento na Amazônia cresce em relação ao ano passado



(Portal Acrítica)

De janeiro a agosto de 2015 crescimento foi 58% em comparação a 2014. Governo federal verificou aumento de 68,7% comparando agosto de 2013 a julho de 2014

De acordo com o Deter, corte raso e degradação chegou a uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano de 2014
De acordo com o Deter, corte raso e degradação chegou a uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano de 2014 (Arquivo/AC )
 
Após a divulgação dos dados de desmatamento do ano de 2014 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o qual apresentou uma redução de 15% no desmatamento para o Estado do Amazonas, o Instituto de Pesquisa Imazon apresentou dados voltados para este ano. A informação tem gerado polêmica e comentários em todo o País. De janeiro a agosto de 2015 o instituto constatou 58% de aumento, publicados em agosto.
Depois disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), realizaram a mesma pesquisa, divulgada nesta semana, que apontou um aumento de 68,7% na comparação com o período de agosto de 2013 a julho de 2014.
De acordo com o levantamento do Deter, o sistema registrou corte raso e degradação em uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano que passou, contra 3.035,93 km² no ano anterior. É o número mais alto dos últimos seis anos e equivale a 3,5 vezes o tamanho da cidade de São Paulo (SP).
De qualquer forma, o sistema não é considerado uma fonte oficial, pois ele observa em tempo real o que ocorre na região, assim considerado impreciso. Desse modo, ele não serve para fornecer o número oficial de perda da cobertura florestal, mas dá uma boa pista de como ele pode se comportar.
O titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Antônio Stroski, não descartou um possível aumento no desmatamento para o período relacionado. “Sabemos que esses dados não são oficiais, mas não descartamos a possibilidade de passarmos por um aumento no período da pesquisa e vamos traçar políticas para continuar o combate do desmatamento ilegal. Os dados oficiais devem ser divulgado em novembro pelo Inpe e até lá vamos apresentar nossas propostas e projetos que serão desenvolvidos para acabar com o desmatamento ”, reforçou.
Há duas semanas o Ministério do Meio Ambiente anunciou os dados oficiais de desmatamento da Amazônia do período de agosto de 2013 a julho de 2014, e o considerou o segundo menor da história, com 5.012 km².
Traçando estratégias
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Antônio Stroski, informou que nos dias 17 e 18 deste mês, todos os secretariados responsável pelo meio ambiente de todo o País, irão se reunir em Cuiabá (MT) para traçar estratégias para combater o desmatamento como também concluir o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento que vai subsidiar informações sobre o uso do solo no Estado, além de favorecer o desenvolvimento de bases econômicas sustentáveis para o setor primário.
Conforme Stroski, a ideia é que até 2020 o Estado consiga chegar ao desmatamento ilegal zero.
“Estamos buscando estudos de monitoramento via satélite e outras ferramentas para inibir o desmatamento ilegal e evitar que o número aumente. Esse projeto deve ser acertado ainda nesta mês no momento em que o secretariado se reunirá”, explicou.
Em números
350 quilômetros quadrados de desmatamento é a previsão que titular da Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema), Antônio Stroski, espera para 2020 quando chegar ao ponto zero do desmatamento ilegal. A ideia é para os próximos anos iniciarem um monitoramento via satélite e outras ferramentas que devem ser apresentadas no encontro entre secretários de meio ambiente da região.

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