(Portal Acrítica)
De
janeiro a agosto de 2015 crescimento foi 58% em comparação a 2014.
Governo federal verificou aumento de 68,7% comparando agosto de 2013 a
julho de 2014
De acordo com o Deter, corte raso e degradação chegou a uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano de 2014
Após
a divulgação dos dados de desmatamento do ano de 2014 do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o qual apresentou uma redução de
15% no desmatamento para o Estado do Amazonas, o Instituto de Pesquisa
Imazon apresentou dados voltados para este ano. A informação tem gerado
polêmica e comentários em todo o País. De janeiro a agosto de 2015 o
instituto constatou 58% de aumento, publicados em agosto.
Depois
disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e o
Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do sistema de Detecção de
Desmatamento em Tempo Real (Deter), realizaram a mesma pesquisa,
divulgada nesta semana, que apontou um aumento de 68,7% na comparação
com o período de agosto de 2013 a julho de 2014.
De
acordo com o levantamento do Deter, o sistema registrou corte raso e
degradação em uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano que passou,
contra 3.035,93 km² no ano anterior. É o número mais alto dos últimos
seis anos e equivale a 3,5 vezes o tamanho da cidade de São Paulo (SP).
De
qualquer forma, o sistema não é considerado uma fonte oficial, pois ele
observa em tempo real o que ocorre na região, assim considerado
impreciso. Desse modo, ele não serve para fornecer o número oficial de
perda da cobertura florestal, mas dá uma boa pista de como ele pode se
comportar.
O
titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Antônio
Stroski, não descartou um possível aumento no desmatamento para o
período relacionado. “Sabemos que esses dados não são oficiais, mas não
descartamos a possibilidade de passarmos por um aumento no período da
pesquisa e vamos traçar políticas para continuar o combate do
desmatamento ilegal. Os dados oficiais devem ser divulgado em novembro
pelo Inpe e até lá vamos apresentar nossas propostas e projetos que
serão desenvolvidos para acabar com o desmatamento ”, reforçou.
Há
duas semanas o Ministério do Meio Ambiente anunciou os dados oficiais
de desmatamento da Amazônia do período de agosto de 2013 a julho de
2014, e o considerou o segundo menor da história, com 5.012 km².
Traçando estratégias
O
secretário de Estado do Meio Ambiente, Antônio Stroski, informou que
nos dias 17 e 18 deste mês, todos os secretariados responsável pelo meio
ambiente de todo o País, irão se reunir em Cuiabá (MT) para traçar
estratégias para combater o desmatamento como também concluir o Cadastro
Ambiental Rural (CAR), instrumento que vai subsidiar informações sobre o
uso do solo no Estado, além de favorecer o desenvolvimento de bases
econômicas sustentáveis para o setor primário.
Conforme Stroski, a ideia é que até 2020 o Estado consiga chegar ao desmatamento ilegal zero.
“Estamos
buscando estudos de monitoramento via satélite e outras ferramentas
para inibir o desmatamento ilegal e evitar que o número aumente. Esse
projeto deve ser acertado ainda nesta mês no momento em que o
secretariado se reunirá”, explicou.
Em números
350
quilômetros quadrados de desmatamento é a previsão que titular da
Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema), Antônio Stroski, espera
para 2020 quando chegar ao ponto zero do desmatamento ilegal. A ideia é
para os próximos anos iniciarem um monitoramento via satélite e outras
ferramentas que devem ser apresentadas no encontro entre secretários de
meio ambiente da região.
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