(portal O Globo)
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) encerrou o ano
com alta acumulada de 5,51%, informou nesta sexta-feira a Fundação
Getulio Vargas (FGV). Apesar da alta, o valor de reajuste é menor que o
de 2012, de 7,82%, que tinha sido pressionado pela inflação dos
alimentos, mesmo fator que contribuiu para que a inflação oficial
(medida pelo IPCA) fechasse o ano passado também em patamar elevado, a
5,84%.
O indicador, utilizado como referência para a
correção da maioria dos contratos, como os de aluguel e energia
elétrica, fechou o mês com aceleração de 0,60% em dezembro. Em novembro,
o índice registrou alta de 0,29%, após ter avançado 0,86% no mês
anterior. Na ocasião, a desaceleração foi atribuída à trégua da alta de
preços no atacado, que compensou o resultado do varejo.
O
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos
preços no atacado e corresponde a 60% do IGP-M, passou de 0,17% em
novembro para 0,63% em dezembro, e fecha o ano em 5,12%.
Combustíveis pressionam inflação
O
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação de 0,69% este mês -
0,04 pontos percentuais a mais que no mês passado - e, no ano, acumula o
mesmo registro do índice geral, de 5,51%. A principal contribuição para
a elevação em dezembro foi o grupo Transportes, que subiu de 0,12% em
novembro para 0,76%, sendo os combustíveis os principais vilões. O
índice da gasolina subiu de -0,41% para 2,11% e o do etanol, de 0,40%
para 2,58%.
Os grupos Educação, Leitura e Recreação (de
0,32% para 0,65%), com destaque para passagem aérea (5,28% para 16,85%),
e Alimentação (0,93% para 0,94%) também registraram alta.
Por
outro lado, os grupos Habitação (0,83% para 0,58%), Comunicação (0,88%
para 0,22%), Despesas Diversas (0,89% para 0,68%) e Vestuário (0,76%
para 0,69%) apresentaram redução no índice de aumentos.
E
o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,27% em
novembro para 0,22% este mês, acumulando no ano alta de 8,05%, puxada
pela mão de obra.
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