(site SUFRAMA)
O ano de 2013 deverá fechar com R$ 80
bilhões em faturamento nas indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM)
que, no ano que vem, deverão consolidar uma maior relação do modelo com
os países panamazônicos, como Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. A
avaliação foi feita na Superintendência da Zona Franca de Manaus
(SUFRAMA), durante entrevista coletiva em que o superintendente Thomaz
Nogueira fez um balanço do ano que se encerra, apresentando também as
perspectivas para 2014.
Na avaliação de 2013, Nogueira disse que
as maiores dificuldades do modelo foram justamente os motivos para a
comemoração. “Porque conseguimos superá-los”, explicou. Entre as
dificuldades citadas, ele lembrou o fim do contrato de mão-de-obra
terceirizada que a autarquia tinha com a Fundação Centro de Análise,
Pesquisa e Informação tecnológica (Fucapi), o que reduziu em mais de 200
colaboradores o quadro da SUFRAMA. “Não dá para manter o ritmo abrindo
mão de um número tão alto de funcionários. Mesmo com dificuldade, nada
foi paralisado e conseguimos autorização para realizar o concurso que
deverá suprir essa demanda em 2014”, disse o superintendente.
Outra
questão abordada foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
prorroga a ZFM por 50 anos, que ainda não foi votada no Congresso. “A
votação ficou para 2014, mas as discussões ajudaram a mostrar o quanto o
governo está empenhado em aprovar o projeto. Vemos que não se ataca o
mérito da ZFM. São apenas questões políticas em relação à votação, como
incluir ou não a lei de informática na mesma PEC, ou ainda atrelar ou
não o prazo das Áreas de Livre Comércio à Zona Franca”, avaliou
Nogueira.
O superintendente também falou sobre a crise no setor
de Duas Rodas, reforçando que o problema maior independe de medidas
específicas na ZFM. “A questão maior é crédito para a compra de motos e é
preciso encontrar modelos alternativos para superar essa questão. De
qualquer forma, vemos que os fabricantes estão mantendo seus
investimentos e, a despeito de tudo, as indústrias de Manaus atingiram
um recorde de 127 mil empregos este ano”, disse.
América do Sul
Mesmo
frisando que a Zona Franca tem um caráter de substituir importações,
com foco em abastecer o mercado nacional, Thomaz Nogueira revelou que a
autarquia está articulando com as indústrias para reforçar o
relacionamento comercial com países vizinhos da América do Sul. “Só em
Lima (capital do Peru), são nove milhões de habitantes, que compram
motos feitas na Ásia, tendo montadoras aqui do lado, em Manaus. Temos
que quebrar essa barreira”, comentou Nogueira. O superintendente
informou que existem estudos em curso para incrementar a relação
comercial com os países vizinhos, o que inclui o estabelecimento de
rotas comerciais e um esforço das Aduanas envolvidas para garantir
agilidade no escoamento da produção. “Isso passa longe de preocupações
com balança comercial. O que a Zona Franca de Manaus quer em 2014 é a
expansão dos mercados”, resumiu.
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