(Portal Acrítica)
Os vereadores Fabrício Lima (SDD), Waldemir José (PT) e Luís Mitoso (PSD) criticaram os critérios adotados pela Secretaria Municipal de Juventude, Esporte Lazer (Semjel), que deixou a terceira melhor judoca do mundo, assim como outros atletas com potenciais olímpico, de fora do programa que oferece uma quantia de R$ 4 a R$ 5 mil aos atletas de alto rendimento
Aos
20 anos, a judoca amazonense Rita de Cássia, 20, fez história ao
conquistar a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Judô, na última
sexta-feira, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A conquista veio junto
com um desabafo por parte da atleta, que recentemente foi excluída do
programa municipal Bolsa Atleta. E o desabafo de Rita, publicado em reportagem exclusiva de A CRÍTICA, ganhou eco, ontem, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Os
vereadores Fabrício Lima (SDD), Waldemir José (PT) e Luís Mitoso (PSD)
criticaram os critérios adotados pela Secretaria Municipal de Juventude,
Esporte Lazer (Semjel), que
deixou a terceira melhor judoca do mundo, assim como outros atletas com
potenciais olímpico, de fora do programa que oferece uma quantia de R$
4 a R$ 5 mil aos atletas de alto rendimento.
“Esse
fato mostra que nossa legislação não dá conta da realidade. Ela (Rita)
era uma atleta incentivada pela prefeitura e agora a prefeitura deixou
de fazer esse incentivo. É preciso efetivamente revisar os critérios
Bolsa Atleta. A Rita deixou de ter o patrocínio e ainda teve o
resultado, mas pode ter gente que por perda do Bolsa Atleta deixe de
avançar”, analisou o vereador Waldemir José (PT), cobrando os
responsáveis.
“Faço
essa chamada da atenção à prefeitura, em particular ao secretário
Sildomar (Abtibol) para que reveja esses critérios e chame pessoas mais
balizadas para que possam construir uma lista de beneficiados”, sugeriu.
Também
sem entender os critérios que deixaram uma das três melhores atletas do
judô mundial de fora do Bolsa Atleta, o vereador Luís Mitoso (PSD)
classificou como erro deixar a atleta de fora do programa.
“Eu
verifico que houve um erro com a Rita, que hoje é medalhista. Ela
estava no Bolsa Atleta. Não pode deixar uma atleta de tamanha
envergadura que faz parte da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) fora
do programa. Entendo que ela deveria constar no programa. Por um erro
de avaliação cortaram a Rita e isso pra mim é injustiça... Ela é uma
atleta que leva o nome de Manaus, o Amazonas e não é abençoada por este
programa. Se ela não é abençoada por este programa, então quem vai ser
aproveitado? Quais critérios estão sendo usados para aproveitar os
atletas?”, indagou em tom de revolta.
Potencial
O
ex-secretário de esporte, Fabrício Lima, que acompanhou a implantação
do Bolsa Atleta em 2011 por meio do Projeto de Lei de 5 de outubro de
2011 do ex-prefeito Amazonino Mendes, abriu a discussão na Casa
Legislativa e criticou a atitude do colega, licenciado desde maio quando
se tornou titular da Semjel.
“Quando
mudaram a legislação do Bolsa Atleta, o secretário atual (Sildomar
Abtibol) disse que os critérios não eram os mais corretos, que de
repente o projeto estaria errado... E é um direito dele achar isso, como
foi um direito meu de criar o Bolsa Atleta. E a Rita mostrou na
sexta-feira que eu estava correto e que ele (Sildomar) está errado...”,
alfinetou o vereador.
“Peço
que revejam os conceitos. Temos a Rafaela Barbosa, Rayfran, Isabele
Nobre, atletas do tênis de mesa e mais alguns atletas que estão fora do
programa... É hora de fazer economia, mas não com o esporte... O esporte
não é um custo, é um investimento em pessoas que estão chegando longe”,
desabafou o vereador.
“A
Rita é uma sementinha que foi plantada lá atrás. Os primeiros quimonos
da Rita eu tirei dinheiro do bolso, levei ela em farmácia,
fisioterapia... tem que ser revisto esses critérios”, pontuou Fabrício
Lima.
Semjel emite nota
A Secretaria Municipal de Juventude, Esporte Lazer (Semjel) enviou à redação do CRAQUE uma nota de esclarecimento sobre o caso.
De
acordo com a nota, “a atleta foi cortada por não ter apresentado a
convocação pela Seleção Brasileira no ano de 2014, já que integrou a
seleção de judocas brasileiros por adesão e não convocação, que é uma
das principais exigências previstas na lei para a concessão do
benefício”.
A
atleta Rita de Cássia declarou que enviou o documento. “A CBJ
(Confederação Brasileira de Judô) mandou documento de que eu fazia parte
da seleção, que eu competia pela seleção. Eles não aceitaram”, disse.
Na nota, a Semjel considera pagar o benefício para a atleta. Mas somente em 2016.
Na nota, a Semjel considera pagar o benefício para a atleta. Mas somente em 2016.
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