ma boa notícia para os concurseiros foi dada no último dia 7 de
setembro. A Justiça Federal do Distrito Federal deferiu o pedido de
liminar da Defensoria Pública da União (DPU), que solicitou a devolução
de 393 cargos de níveis médio e superior.
Com a decisão, a DPU pode retomar o concurso com 143 vagas para a
área administrativa. De acordo com informações do site da defensoria, em
breve deve ser definido o cronograma com o novo período de inscrições e
com as datas das provas.
Para o juiz federal da 16ª Vara do Distrito Federal, Marcello Rebello
Pinheiro, a retirada dos cargos prejudicaria a estrutura da DPU. “A
inexistência de cargos a prover no quadro de apoio da DPU comprometerá
gravemente o desempenho eficiente da sua missão de proteção dos direitos
dos hipossuficientes, no sentido de que se possa melhor atender à
população vulnerável do país, em razão do nítido enfraquecimento da sua
força de trabalho (recursos humanos), o que, por conseguinte,
inviabiliza ou, no mínimo, prejudica sobremaneira a continuidade de
serviço público relevante e indispensável, o que se revela francamente
incompatível com os valores da Constituição e o interesse público
primário (máxima concretização do direito fundamental de assistência
jurídica integral e gratuito), em nítido retrocesso social”, explicou o
magistrado.
Entenda o caso do concurso DPU
No dia 8 de maio a Defensoria Pública da União suspendeu o concurso,
pois o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) disse que a
DPU ganhou sua autonomia e, com isso, não seria mais permitida a
titularização decargos criados pelo Poder Executivo.
O MPOG retirou 393 postos da defensoria já que, no seu entendimento, o
órgão deveria realizar concurso com suas próprias vagas. O problema é
que, sem cargos, ainstituição não teria como aumentar o quadro de
servidores.
Em nota publicada em sua página na internet, a DPU informou que
impetrou, no dia 3 de junho, mandado de segurança pedindo a imediata
devolução dos cargos vagos da área administrativa, retirados do Sistema
de Pessoal da Administração Pública Federal (Sipec) pelo Poder
Executivo.
No mandado de segurança, a instituição alegou que “em face do
desaparecimento dos cargos vagos de forma inadvertida, da noite para o
dia, somente restou à Defensoria Pública da União a decisão de cautela
no sentido de suspender o concurso público em andamento e a três dias do
término das inscrições”. O documento enfatizou a carência de pessoal da
DPU, já que em seus 20 anos de existência apenas um concurso público
foi realizado.
Detalhes sobre o concurso DPU 2015
Nível médio é o requisito da carreira de agente administrativo, que
dispõe de 105 ofertas para início imediato e apresenta remuneração de R$
3.817,98.
Para os candidatos com formação superior as chances são para as
funções de analista técnico-administrativo (34 + CR), arquivista (CR),
assistente social (CR), bibliotecário (CR), contador (1 + CR), psicólogo
(1 + CR), sociólogo (CR), técnico em assuntos educacionais (CR) e
técnico em comunicação social – jornalismo (1 + CR) para ganhar R$
5.266,18.
A função de economista (1) da Defensoria Pública União oferece salário de R$ 6.348,27 e também exige concorrentes graduados.
Todas as vagas do concurso da DPU são para trabalhar 40 horas
semanais e o valor dos salários já inclui gratificação de desempenho e
R$ 751,96 referentes ao auxílio alimentação.
As oportunidades estão distribuídas nos 26 Estados do país e no
Distrito Federal, sendo que São Paulo concentra o maior número de vagas
(31 ofertas), seguido pelo Distrito Federal (23) e pelo Rio Grande do
Sul(17). Os Estados do Amazonas, Ceará, Goiás, Paraíba e Piauí contam
apenas com ofertas para cadastro de pessoal.
De acordo com o edital do concurso da DPU, os inscritos farão exames
de habilidades e conhecimentos, mediante aplicação de avaliações
objetivas de caráter eliminatório e classificatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário