(Portal Acrítica)
Pasta comandada por Luíz Alberto Carijó tem a missão buscar recursos financeiros para o município e fechar parcerias com o setor privado
Secretário extraordinário Luís Alberto Carijó afirma que seu primeiro desafio foi construir uma estrutura enxuta
A
Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) quer a autorização dos vereadores
da Câmara Municipal (CMM) para criar 14 cargos comissionados na
estrutura da Secretaria Municipal Extraordinária (Semex), que vão
representar, por ano, um custo de R$ 1,1 milhão ao bolso do
contribuinte. A proposta compõe a nova reforma administrativa do
prefeito Artur Neto (PSDB) e chegou à Casa Legislativa na terça-feira,
onde tramita em regime de urgência.
A
criação da Semex foi anunciada pelo prefeito em abril, com a missão de
identificar oportunidades para viabilizar aportes de recursos públicos e
parcerias privadas. O escolhido para chefiar a pasta foi o então
vereador Luíz Alberto Carijó (PTB).
Pelo
projeto de lei, a estrutura da Semex terá: um secretário com salário de
R$ 15 mil; um subsecretário com remuneração de R$ 14 mil; quatro
diretores e três assessores técnicos 1, com salários de R$ 6.615 mil,
cada; dois assessores técnicos 2, com remuneração de R$ 4.632 mil, cada;
um assessor técnico 3, com salário de R$ 3.243 mil; um assessor 2, com
salário de R$ 2.322 e um assessor especial 2 com salário de R$ 1.692
mil.
Outro
projeto do executivo, que também beneficia a Semex, trata da abertura
de “crédito adicional especial, no orçamento fiscal do município de
Manaus” no valor R$ 722 mil.
Segundo
o líder do prefeito na CMM, vereador Elias Emanuel (PSDB), a Semex vai
funcionar nas instalações da Secretaria Municipal de Administração
(Semad). “A despesa com infraestrutura ou apoio logístico chega a R$ 122
mil, o restante é para pagamento de folha de pessoal. Esse valor está
sendo retirado da Semasdh (Secretária Municipal de Assistência Social e
Direitos Humanos). Então não há nenhum incremento de despesa no
orçamento do município”, disse.
O
parlamentar afirmou ainda que a Semex será uma pasta de interlocução.
“O secretário Luís Alberto Carijó é quem tem essa função estratégica da
interlocução com essas instituições. Ele primeiro tem que descobrir onde
estão os recursos e em seguida fará a interlocução para trazê-los para
Manaus”, avaliou Elias.
Segundo
o presidente da CMM, vereador Wilker Barreto (PHS), as duas propostas
do Executivo referentes à Semef serão votados na segunda-feira, 19.
Personagem: Marcelo Serafim
Vereador pelo PSB
“Sou favorável”
O
vereador Marcelo Serafim (PSB) afirmou ser “óbvio” que toda e qualquer
secretaria necessita de estrutura mínima. “É incontestável que a
iniciativa exclusiva para esse projeto é do prefeito e que a Semex
precisa ter uma infraestrutura. Agora, se ela vai conseguir obter os
financiamentos isso é uma história”.
Marcelo,
que adiantou ser favorável às duas matérias referentes à Semex, avaliou
como “difícil” as chances do secretário extraordinário, Carijó, captar
recursos, em virtude da crise financeira que atinge, não apenas os
municípios e estados, mas também o governo federal. “Se conseguirmos
liberar um único empréstimo, essa secretaria (Semex) já se pagou”.
Três perguntas para: Luíz Alberto Carijó
Secretário Municipal Extraordinário
1 - O que já foi feito na Semex?
Até
o momento trabalhei em duas frentes: a primeira para criar uma
estrutura enxuta e mínima que ora tramita na CMM, que dará
funcionalidade orgânica; e de outro, na identificação de oportunidades
para viabilizar aportes de recursos públicos e parcerias privadas.
2 - O prefeito Artur Neto lhe fez algum pedido em especial?
Sim.
Tentar identificar novas estratégias para obtenção de recursos em
razão da restrição orçamentária imposta pela crise e da vedação dos
avais do Tesouro Nacional feita pela presidente Dilma, que na prática
inviabilizaram os financiamentos de longo prazo.
3 - Dá para desenvolver todos esses anseios com um orçamento que será em breve de R$ 722 mil?
Deste
valor, cerca de 55% será para pagamento de pessoal e o restante para
estruturação e funcionamento. O mote e a orientação do prefeito é
funcionar de maneira austera mas criativa, de tal sorte que possamos
deixar a fundação de estrutura ágil, bem leve, que busque apoiar as
demais secretarias e dê suporte aos projetos especiais eleitos pelo
Governo Municipal. Manaus é uma cidade grande com problemas de
metrópole, mas com baixa capacidade contributiva devido nosso perfil
socioeconômico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário