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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Polícia Federal fecha cerco a criminosos no rio Solimões



(Portal Acrítica)

Durante todo o mês de outubro, a Polícia Federal está com uma base montada no porto da Terra Preta, em Manacapuru

‘Piratas’ do rio estão no alvo da polícia além do combate ao tráfico de drogas, madeiras e outros produtos ilicitos
‘Piratas’ do rio estão no alvo da polícia além do combate ao tráfico de drogas, madeiras e outros produtos ilicitos (Divulgação)
A Polícia Federal está realizando, durante este mês, a operação “Visibilidade”, com o objetivo de reprimir todos os crimes de sua competência, que vão desde o descaminho (crime contra a ordem tributária) até o tráfico de armas e drogas que acontecem nos rios.
Nos primeiros dias da operação, que acontece no baixo Solimões, em Manacapuru e municípios próximos, a polícia conseguiu apreender 50 metros cúbicos de madeira de lei que estavam sendo desembarcados no “porto do Miro”, de um empresário do ramo madeireiro, onde foram apreendidos ainda a embarcação que chegou com a madeira e o caminhão que a estava transportando.
O coordenador do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom/Am), Stefano Garcia, disse que a “Visibilidade” é uma operação nacional do serviço de polícia marítima que está ligada à direção executiva do Departamento de Polícia Federal, de combate a todos os ilícitos que acontecem nos rios e mares. Abrange toda a costa brasileira, os rios e fica apenas um mês em cada local. “Neste mês a operação está acontecendo aqui, mas no próximo vamos estar em outro lugar”, disse.
A base da operação funciona no porto da Terra Preta, em Manacapuru, em um espaço cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Denit). “Aqui acontecem toda espécie de ilícitos, os mais frequentes são o tráfico de drogas e crimes contra o meio ambiente. É só a gente virar as costas que esse porto aqui vira um embarque e desembarque de madeiras ou drogas”, afirma o coordenador.
De acordo com Stefano, até o momento ainda não foi apreendida nenhuma quantidade de drogas, mas o trabalho que vem sendo realizado está tendo grande proveito pelas informações e dados que estão sendo coletados e que, futuramente, poderão ser usadas nas operações de repressão a entorpecentes feitas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal.
Atualmente, a Polícia Federal está realizando a operação “Trapézio” na calha do rio Solimões em conjunto com outros órgãos de segurança, com objetivo de reprimir a entrada de drogas pelos rios. As ações acontecem 24 horas por dias nos rios, onde todas as embarcações são abordadadas e revistadas.
Saiba mais Entreposto
O coordenador informou que a operação “Visibilidade” acontece em Manacapuru e Manaus, nos rios Solimões e Negro, e não tem um local exato. A escolha de Manacapuru como base é por se tratar de uma área para onde vem toda a droga que sai do Peru ou Colômbia e entra pela fronteira, principalmente por Tabatinga. O entorpecente vem pelo rio Solimões, desembarca em Manacapuru e depois vem para Manaus, onde é distribuída nos pontos de venda. 
Combate aos ‘piratas das águas’
A operação da Polícia Federal também visa reprimir a ação de piratas que agem no rio Solimões, atacando embarcações que estão transportando remessas de drogas. A polícia tem informações que os bandidos fazem a abordagem, matam os responsáveis pela droga, abrem a barriga das vítimas, retiram as vísceras, jogam os corpos nos rios e ficam com as drogas.
A polícia também tem informações de que estão passando embarcações, transportando droga e armas. “A gente ouve isso em todo Solimões que a pirataria ocorre, não só pelas pessoas ligadas ao narcotráfico que estão nas comunidades, mas também com pessoas dos órgãos de segurança pública. Infelizmente tem a conivência e a participação de alguns órgãos e estamos num processo de informações de dados para dar continuidade as investigações”, disse Stefano.

De acordo com Stefano, as ações acontecem sempre à noite, que é quando os criminosos aproveitam para passar com o carregamento de droga pelos rios. “Nós estamos montando barreiras nos rios e fazendo abordagens de embarcações. Trabalhamos com lanchas rápidas e armas longas, porém o que nos falta é efetivo”, disse o coordenador.

 

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