(portal Acrítica)
Protótipo de equipamento desenvolvido por estudantes da Fucapi utiliza a energia solar para carregar aparelhos celulares
O professor de Eletrotécnica e coordenador do projeto, Alex Sander
(à esquerda) e um dos estudantes demonstram como funciona o carregador
portátil solar
As
reclamações sobre o calor da capital fazem parte do dia a dia do
manauara. Sabe-se, inclusive, que os termômetros marcam altas
temperaturas o ano inteiro, porém o sol da região também é capaz de
trazer benefícios científicos e ambientais. Partindo deste princípio,
estudantes da Fucapi, em Manaus, desenvolveram um carregador de celular à
base de raios solares destinados àqueles que não vivem sem bateria.
O
protótipo agradou tanto o público que saiu vencedor da 11ª Feira
Tecnológica Fucapi, ocorrida no mês passado. Criado por alunos do 3º
módulo de Eletrotécnica da Fundação, o projeto pretende contribuir para a
economia de energia elétrica, conforme explica o professor de
Eletrotécnica, Alex Sander, que também é orientador do grupo de
estudantes.
“Pensamos
em algo diferente e que pudesse ter uma função pra sociedade. Manaus é
uma cidade com dois verões, pois tem um verão com chuva e outro sem
chuva”, brinca. Apesar disso, Sander ressalta que o experimento não é
ativado pelo calor. “Na verdade, a iluminação solar é que produz a
tensão e corrente necessária na placa. Se não fizer tanto calor no dia
mas existir iluminação, o celular pode ser carregado tranquilamente, já
que depende disso”, explica.
Com
5 cm de diâmetro, a placa fotovoltaica pode ser adaptada em peças de
roupas expostas ao sol como jaquetas e bonés. Por meio disso, o
carregador é ligado à placa e pode alimentar diversos tipos de
celulares. “O carregador tem entrada USB e atende a maioria dos
aparelhos. Parte dele teve o investimento dos próprios alunos”, afirma
Sander.
Pesquisa
Segundo
Alex, as pesquisas preliminares até a confecção do protótipo duraram
cerca de dois meses. Baseado em objetos portáteis já existentes no
mercado, o carregador tem a mesma performance de um movido a energia
elétrica convencional e gera potência de até 5 Volts. Dependendo do
estado da bateria do celular, a carga pode ser abastecida em até uma
hora de duração.
Para
a apresentação na Feira, o protótipo custou ao todo R$ 350. “Na feira
pudemos mostrá-lo para diversas marcas e algumas pessoas até pegaram
contato. Caso haja retorno de alguém, iremos investir e adaptar o
produto”, adiantou.
Energia limpa
O
projeto segue a tendência mundial que busca alternativas de energia
limpa para a construção de cidades sustentáveis. Dados de um relatório
recém-divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE) prevê alto
potencial solar, podendo ser a principal fonte energética do mundo até
2050.
Em
2040, conforme o Panorama Energético divulgado pela multinacional de
petróleo ExxonMobil, 10% da energia consumida no planeta será por meio
de fonte solar. O relatório ainda aponta que, em 2010, o índice alcançou
cerca de 2%.
Efeito estufa
O
documento intitulado ‘Perspectivas e Tecnologias em Energia – 2014’
informa que a combinação entre a energia solar fotovoltaica e a energia
solar térmica pode garantir 26% da geração global. O montante seria o
suficiente para elevar a produção de energia limpa para 65% e reduzir as
emissões de gases de efeito estufa em até 40%.
Pontos: Protótipo amazonense
Ligada ao carregador portátil criado pelos alunos da Fucapi, a placa fotovoltaica pode ser alimentada por raios solares.
O
resultado é a transmissão de energia para o carregador portátil que, ao
ser conectado a um aparelho celular, pode abastecer a carga do objeto
em até uma hora, dependendo do estado da bateria.
O
valor total do experimento custou R$ 350. O mecanismo se baseou
principalmente em estruturas já existentes no mercado, porém que
utilizam energia elétrica.
É o primeiro protótipo feito no Amazonas a utilizar placas solares para o a produção de energia limpa em aparelhos telefônicos.
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