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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Estudantes desenvolvem carregador solar portátil para celular



(portal Acrítica)

Protótipo de equipamento desenvolvido por estudantes da Fucapi utiliza a energia solar para carregar aparelhos celulares

O professor de Eletrotécnica e coordenador do projeto, Alex Sander (à esquerda) e um dos estudantes demonstram como funciona o carregador portátil solar
O professor de Eletrotécnica e coordenador do projeto, Alex Sander (à esquerda) e um dos estudantes demonstram como funciona o carregador portátil solar (Gilson Melo/Freelancer)
As reclamações sobre o calor da capital fazem parte do dia a dia do manauara. Sabe-se, inclusive, que os termômetros marcam altas temperaturas o ano inteiro, porém o sol da região também é capaz de trazer benefícios científicos e ambientais. Partindo deste princípio, estudantes da Fucapi, em Manaus, desenvolveram um carregador de celular à base de raios solares destinados àqueles que não vivem sem bateria.
O protótipo agradou tanto o público que saiu vencedor da 11ª Feira Tecnológica Fucapi, ocorrida no mês passado. Criado por alunos do 3º módulo de Eletrotécnica da Fundação, o projeto pretende contribuir para a economia de energia elétrica, conforme explica o  professor de Eletrotécnica, Alex Sander, que também é orientador do grupo de estudantes.
“Pensamos em algo diferente e que pudesse ter uma função pra sociedade. Manaus é uma cidade com dois verões, pois tem um  verão com chuva e outro sem chuva”, brinca. Apesar disso, Sander ressalta que o experimento não é ativado pelo calor. “Na verdade, a iluminação solar é que produz a tensão e corrente necessária na placa. Se não fizer tanto calor no dia mas existir iluminação, o celular pode ser carregado tranquilamente, já que depende disso”, explica.
Com 5 cm de diâmetro, a placa fotovoltaica pode ser adaptada em peças de roupas expostas ao sol como jaquetas e bonés. Por meio disso, o carregador é ligado à placa e pode alimentar diversos tipos de celulares. “O carregador tem entrada USB e atende a maioria dos aparelhos. Parte dele teve o investimento dos próprios alunos”, afirma Sander.
Pesquisa
Segundo Alex, as pesquisas preliminares até a confecção do protótipo duraram cerca de dois meses. Baseado em objetos portáteis já existentes no mercado, o carregador tem a mesma performance de um movido a energia elétrica convencional e gera potência de até 5 Volts. Dependendo do estado da bateria do celular, a carga  pode ser abastecida em até uma hora de duração.
Para a apresentação na Feira, o protótipo custou ao todo R$ 350.  “Na feira pudemos mostrá-lo para diversas marcas e algumas pessoas até pegaram contato.  Caso haja retorno de alguém, iremos investir e adaptar o produto”, adiantou.
 Energia limpa
O projeto segue a tendência mundial que busca alternativas de energia limpa para a construção de cidades sustentáveis. Dados de um relatório recém-divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE) prevê alto potencial solar, podendo ser a principal fonte energética do mundo até 2050.
Em 2040, conforme o Panorama Energético divulgado pela multinacional de petróleo ExxonMobil, 10% da energia consumida no planeta será por meio de fonte solar. O relatório ainda aponta que, em 2010, o índice alcançou cerca de  2%.
Efeito estufa
O documento intitulado ‘Perspectivas e Tecnologias em Energia – 2014’ informa que a combinação entre a energia solar fotovoltaica e a energia solar térmica pode garantir 26% da geração global. O montante seria o suficiente para elevar a produção de energia limpa para 65% e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 40%.
Pontos: Protótipo amazonense
Ligada ao carregador portátil criado pelos alunos da Fucapi, a placa fotovoltaica pode ser alimentada por raios solares.
O resultado é a transmissão de energia para o carregador portátil que, ao ser conectado a um aparelho celular, pode abastecer a carga do objeto em até uma hora, dependendo do estado da bateria.
O valor total do experimento custou R$ 350. O mecanismo se baseou principalmente em estruturas já existentes no mercado, porém que utilizam energia elétrica.  
É o primeiro protótipo feito no Amazonas  a utilizar placas solares para o a produção de energia limpa em aparelhos telefônicos.

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