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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Pais de alunos participam de palestra sobre riscos com a superproteção



(site prefeitura de Manaus)

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Cerca de 80 pais de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Dalvina do Nascimento, no Manoa, zona Norte, participaram na manhã desta quinta-feira, 13, da palestra ´Superproteção e suas consequências´, ministrada pela psicóloga Adriana Andrade, do Centro Municipal de Atendimento Sociopsicopedagógico (Cemasp), polo 2.

Em 40 minutos de apresentação foram explicados os males e efeitos sofridos por uma criança superprotegida pelos pais. Entre eles, o egoísmo e a dificuldade de relacionamento.

“Os pais ouviram sobre formas de lidar com os filhos. Ressaltamos a necessidade de dar limites, impor disciplina, ter afetividade, mas sem superproteger para que a criança seja segura e tenha autonomia, consiga ter um bom relacionamento na escola e em qualquer lugar que ela esteja. A superproteção pode formar um adulto inseguro, com dificuldade de ter autonomia para conseguir um emprego e relacionamentos. Na verdade, falo que tem que haver o equilíbrio. A criança não pode ser superprotegida e nem muito solta”, disse a psicóloga, ressaltando que a palestra visava levar os pais a uma profunda reflexão sobre o tema.

O assunto foi uma proposta da direção da escola, que percebeu situações delicadas no próprio dia a dia. “Temos pais que chegam a esperar o professor na porta, querendo se intrometer na metodologia de ensino e até mesmo no horário desses profissionais. Diante desse cenário, convidamos o Cemasp para ministrar essa palestra”, observou a pedagoga da escola, Silvia Andrade.

Identificação
O motorista Jandy França, pai de José Thiago, 6, do 2º período, afirmou ter se identificado com algumas situações expostas na palestra. Ele se auto avaliou e chegou a conclusão de que é um pai superprotetor. “O meu filho mora comigo. Eu acordo cedo, dou banho nele, faço o café e as tarefas de casa com ele até o horário de deixá-lo na escola, que é às 11h. Do que a psicóloga falou, eu me identifiquei com algumas coisas boas, mas com coisas ruins também. Eu sou pai e mãe. Então, é difícil você não querer proteger seu filho”, contou.

A dona de casa Samaria Bastos, mãe de Ronaldo Bastos, 5, agradeceu a escola pela palestra e se avaliou como uma boa mãe, levando em consideração o que foi explanado.  “Eu tenho quatro filhos e sou protetora, mas de forma saudável pelo que eu ouvi na palestra. Uma coisa que a psicóloga falou que eu achei legal foi sobre desenho animado. Eu, por exemplo, não deixo ele ver o Ben 10. Acho muito violento e não passa ensinamento algum. Eu tinha muitas dúvidas com relação ao comportamento com meu filho e nessa palestra consegui tirá-las. A escola está de parabéns pela iniciativa”.

TEXTO: THIAGO BOTELHO
FOTOS: LTON SANTOS


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