(portal Acrítica)
Sem lucrar nas galerias Espírito Santo e Dos Remédios, e sem cadastro, ambulantes retornam ao Centro e feira do Mutirão e alegam que precisa garantir o "peru da Natal"
Em
menos de 24 horas os ambulantes que foram proibidos de realizar vendas
nas ruas do Centro, na Zona Norte e Zona Leste da cidade não se
intimidam com as operações realizadas no final de semana pela
prefeitura. Eles retornaram para as ruas e afirmaram que é final de ano
e impossível pararem com as vendas, além de alegarem que “precisam
garantir o do peru de Natal”.
O
vendedor ambulante Francisco Nogueira Ribeiro, 24, disse que teve um
prejuízo de R$ 2 mil só nesse fim de semana. “Investi um dinheiro que
tinha guardado, os fiscais levam o material que eu tinha na Zona Leste e
na Ponta Negra. A minha mulher foi ver se conseguia alguma coisa de
volta, e hoje eu vim correr atrás do prejuízo”, disse o ambulante
Francisco.
Outra
também que teve a mercadoria apreendida no final de semana na orla da
Ponta Negra foi Richard Campos Rabelo, 38, e que ontem estava vendendo
carregadores para celular no Centro da cidade normalmente. “Não posso
ficar chorando pelo leite derramado, tenho que ir à luta, não estou
escrito em bolsa nenhuma e nem esperando nenhuma galeria sair, preciso
continuar com as vendas na rua. Perdi meu domingo, mas hoje (ontem), já
vendi bastante”, destacou Richard Campos.
Sem calçada
Os
vendedores da Zona Norte e Leste , especificamente na feira do Mutirão,
continuam ocupando as calçadas com manequins e agora também ocupam o
meio fio e um pedaço da rua. Os pedestres têm que dividir a rua com os
carros e outros vendedores de verduras.
Ontem
pela manhã, muitos ambulantes vendiam normalmente em uma das avenidas
onde a venda é extremamente proibida. Na avenida Eduardo Ribeiro,
vendedores não se intimidavam com a presença do ficais a poucos metros
de distância. Um ambulante que não quis ter o nome revelado disse que
tem proprietário de um box na galeria dos Remédios, na rua Miranda
Leão, mas que atualmente ganha mais vendendo na rua. “A galeria do
Remédios é realmente bonita, tem banheiros, é grande e tem serviços.
Está tudo organizado e lá pode encontra tudo , sem pegarmos sol nem
chuva, mas não tem o principal que são os clientes. Não tenho vendido e é
por isso que estou na rua e preciso vender aqui na Eduardo Ribeiro, o
que não consigo vender na galeria” disse.
Ação dos ambulantes na Ponta Negra
A
Prefeitura de Manaus realizou no fim de semana uma operação para coibir
a ação de ambulantes que estão tentando comercializar produtos
irregularmente no Complexo Turístico Ponta Negra, Zona Oeste.
Participaram oito fiscais da Secretaria Municipal de Feiras, Mercados,
Produção e Abastecimento (Sempab) que apreenderam 15 caixas de isopor
com águas e refrigerantes, 11 caixas de cerveja, além de outras bebidas
que eram comercializadas irregularmente em garrafas no local. Devido à
quantidade de denúncias de comércio irregular, a gerente de Operações da
Sempab, Ewanúbia Ribeiro, destacou que a fiscalização na Ponta Negra
irá continuar. “O local é uma área restrita para o comércio informal e
quem insistir em comercializar no complexo vai ter sua mercadoria retida
pelos fiscais”, disse Ewanúbia.
Conversa não basta
O
fiscal da Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e
Abastecimento (Sempab), Rubens José Braga Serrão, que esteve ontem na
fiscalização, ao ser questionado pela equipe de A CRITICA sobre a
permanência de vendedores na área onde estava fazendo a fiscalização, a
resposta foi que não podia fazer nada. “ Somos poucos, 12 fiscais ao
total, para realizar o trabalho em todo o Centro da cidade. Nós
fazemos nosso trabalho, que é mandá-los circular, mas é perigoso , eles
são muitos, já recebemos ameaças de muitos, não podemos bater e o
máximo que fazemos é apreender a mercadorias deles”, informou
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