(portal Acrítica)
Vestidos com as cores da bandeira brasileira, manifestantes chegaram a dizer que são os novos caras pintadas
De
manifestantes fumando charuto com chapéus no estilo Panamá a jovens
skinheads, o protesto pelo impeachment da presidente reeleita, Dilma
Rousseff (PT), reuniu aproximadamente 160 pessoas no Centro de Manaus na
tarde desta sábado (15). Vestidos com as cores da bandeira brasileira,
manifestantes chegaram a dizer que são os novos caras pintadas.
O
pastor evangélico Afrânio de Araújo, 60, afirmou a pauta do movimento
tem três fundamentos principais: "a irregularidade do PT se submeter ao
Foro de São Paulo, o escândalo do 'Petrolão' e o déficit público". "O
impeachment não se dará aqui. Esse é um movimento publico que vai lutar
para que o Congresso Nacional, que nos representa, escute as
manifestações em todo o País e abra o processo", disse, o líder
religioso, ao discursar.
De
acordo o empresário Jhonyelson Pimentel, 41, o protesto é para
"defender a Constituição". No seu discurso, ele disse que o golpe
militar de 64 foi um movimento para evitar um golpe comunista. "O
Governo Federal não pode financiar uma ditadura comunista, isso é uma
ilegalidade. O governo está subjugado ao Foro de São Paulo, que é uma
entidade internacional que tem por objetivo instalar o bolivarianismo no
Brasil", afirmou. "A Constuicao preve que nenhum partido pode receber
de instituição estrangeira e nem tão pouco ser subordinada. O PT violou
isso, cabe punição perante a lei e uma delas é o impeachment e até o
fechamento do PT", completou.
Estudante
direito, Júlio Lins, 17, disse que não é "manifestante profissional",
mas que está indignado com as notícias diárias de corrupção no governo.
"Há uma evidência clara de estelionato eleitoral. A máquina pública foi
usada em prol da eleição", afirmou. Ao discursar, o jovem disse que está
orgulhoso porque o Congresso está cada vez mais representado a
população e deu um exemplo ao vetar a regulamentação dos conselhos
populares. "O MST não me representa!", gritou.
Os
manifestantes disseram não possuir ligações partidárias. Afirmaram que o
PT está incitando a luta de classes. Alguns grupos sugeriram que houve
fraude eleitoral, mas diferentemente do protesto do dia 1º o assunto não
foi tratado como pauta principal.
Mais
de três vezes, os militantes agradeceram o "empenho da Polícia Militar
(que acompanhava de longe o protesto) em resguardar os manifestantes e
manter a ordem do movimento pacífico".
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