(portal Acrítica)
Disparidade
entre regiões metropolitanas no Brasil diminuiu entre 2000 e 2010,
segundo estudo. Entretanto, Manaus ficou no final da lista. Renda,
educação e longevidade compõem medidor de Índice de Desenvolvimento
Humano
Manaus
tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre as
16 regiões metropolitanas (RM) no Brasil, divulgou nesta terça-feira
(25) o estudo Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas
Brasileiras, resultado da parceria entre Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud), Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
A
região metropolitana de Manaus é composta, além da capital, por mais
sete cidades: Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo
Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. O IDHM, composto
por números sobre renda per capita, educação e expectativa de
vida/longevidade, vai de 0 a 1, sendo 0 pior e 1 melhor.
Comparada
com São Paulo, cidade no topo da lista com 0,794 pontos, Manaus tem
0,720 de IDHM. Mesmo sendo colocada no final da lista, o desempenho da
região metropolitana de Manaus, acima dos 0,700 pontos de IDHM, faz
parte de um avanço de todas as regiões metropolitanas no Brasil no
Índice de Desenvolvimento Humano, entre 2000 e 2010.
Em
2000, Manaus tinha índice de 0,585 pontos e já estava no final da
lista. De lá para cá, até 2010, a diferença entre a região metropolitana
de IDHM mais elevado (São Paulo) e a RM de IDHM mais baixo (Manaus)
caiu de 22,1% para 10,3%, ou seja, a desigualdade diminuiu.
Conforme
o estudo, as 16 RMs estão menos desiguais em 2010 do que estavam em
2000, já que atualmente todas alcançaram IDHM “alto”, acima dos 0,700, e
avançaram em todos os 200 indicadores socioeconômicos levantados.
As
16 regiões metropolitanas no estudo são: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá,
Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto
Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.
Mesmo
com o avanço generalizado, o ritmo de crescimento entre elas não foi o
mesmo. As Regiões Metropolitanas que possuíam os menores indicadores
tiveram um ritmo de crescimento mais acelerado do que as que já estavam
em patamares mais altos de IDHM, o que contribuiu para a redução do
hiato entre elas.
Apesar
da reconhecida melhora e da redução das disparidades, a desigualdade
dentro dos municípios ainda é um fator marcante. Em casos extremos, na
mesma RM há Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) extremamente
desiguais.
UDHs
são áreas menores que bairros nos territórios mais populosos e
heterogêneos, mas iguais a municípios inteiros quando estes têm
população insuficiente para desagregações estatísticas. Confira abaixo a
lista de IDHMs entre as 16 regiões metropolitanas.
1º São Paulo 0.794
2º DF e Entorno 0.792
3º Curitiba 0.783
4º Belo Horizonte 0.774
5º Grande Vitória 0.772
6º Rio de Janeiro 0.771
7º Goiânia 0.769
8º Vale do Rio Cuiabá 0.767
9º Porto Alegre 0.762
10º Grande São Luís 0.755
11º Salvador 0.743
12º Recife 0.734
13º Natal 0.733
14º Fortaleza 0.732
15º Belém 0.729
16º Manaus 0.720
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