As
confusões causadas pela Lei do Estacionamento Fracionado, aprovada na
Câmara Municipal em julho e sancionada pelo prefeito Arthur Neto (PSDB)
em outubro, ainda estão longe de acabar e pacificar este segmento da
economia manauense.
Mesmo
depois de uma semana da concessão de liminar, na sexta-feira da semana
passada (dia 6), suspendendo a vigência da lei e beneficiando a empresa
Amazon Park, que opera em três shoppings de Manaus, a Procuradoria Geral
do Municipio (PGM) não foi notificada da liminar. Ainda de acordo com a
PGM as medidas cabíveis serão tomadas a partir do momento que a
prefeitura for informada do conteúdo da decisão judicial.
Segundo
o vereador Wilker Barreto, autor da lei, a medida apenas fracionou o
valor cobrado pelas empresas. A lei não fala em congelamento e
regulamentação de preços, explica Barreto. “Vivemos em um País com
inflação, e com base nos indicadores oficiais eles podem aumentar os
preços”, disse o vereador, referindo-se a decisão da Justiça, de
suspender os efeitos da lei da cobrança fracionada, atendendo a uma ação
da empresa Amazon Park.
De
acordo com Barreto, o que se percebe é que esses segmentos (shoppings
centeres), de forma silenciosa, vêm “usurpando” a cidade de Manaus há
décadas, usando a cobrança como argumento para cobrir os custos
operacionais.
Fora do eixoEnquanto
as empresas que operam nos shoppings e no aeroporto seguem brigando
pela revogação da lei, os donos de estacionamento espalhados pela cidade
seguem cumprindo a legislação. No Centro os estacionamentos seguem
utilizando a hora fracionada para cobrar os clientes e os empresários
dizem já ter se acostumado com a nova norma.
Segundo
o proprietário do estacionamento Stop Car, localizado na avenida
Floriano Peixoto, Alex Pablo Silva, apesar de ter seu lucro diminuído em
30% depois da vigência da lei, os clientes estão muito mais satisfeitos
por pagarem menos. “Se não cumprirmos a lei corremos o risco de sermos
multado e aí o prejuízo será muito maior”, disse o empresário
De
acordo com Pablo, os estacionamentos do Centro têm cobrado um único
valor e em alguns casos até diminuíram os preços para atrair mais
clientes para seus negócios.
Um
exemplo é o estacionamento Eva, na rua Saldanha Marinho, onde o
proprietário, Abud Bayadin, afirmou que vai baixar o preço de R$ 1.50
para R$ 1 a cada 15 minutos.
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