(portal Acrítica)
Derrotado
nas urnas por Dilma, senador Aécio Neves prometeu fazer a mais vigorosa
oposição da história do Brasil. Apoio a Aécio ocorreu durante reunião
do PSDB com outro partidos
Com
a presença de representantes da oposição na Câmara e no Senado, e de
algumas legendas ex-base aliada do governo, como PPS, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) recebeu apoio para liderar o movimento oposicionista no
Congresso. Decisão conjunta ocorreu na reunião da Executiva Nacional do
PSDB, a primeira após as eleições deste ano.
“Estamos
selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa, pois
passamos a eleição falando a verdade sobre uma nova construção política
ética”, disse Aécio. Lembrando nomes como os da senadora Ana Amélia
(PP-RS) e do Pastor Everaldo (PSC), que participou da disputa
presidencial no primeiro turno, o senador salientou que sua candidatura
transformou-se em “grande movimento em favor do Brasil”.
Aécio
Neves prometeu fazer a mais vigorosa oposição da história do país. ”Sou
um democrata. Lutei com as armas da verdade, combatendo como aprendi na
política, onde as ideias devem brigar e não as pessoas. Tenho a mesma
determinação e coragem para participar da nova oposição, reunida hoje
pela primeira vez”, disse.
O
senador continuou: “Oposição não se faz com um ou alguns cidadãos.
Também não precisa de um líder. Ela tem, viva na alma de milhões de
brasileiros, a essência da indignação. Tem, ainda, a esperança enraizada
naquilo que podemos mudar”.
A
reunião entre os partidos ocorreu no Auditório Nereu Ramos, da Câmara
dos Deputados. Com mandato até janeiro de 2019, a senadora Ana Amélia
lembrou que Aécio Neves havia pedido para que os oposicionistas não se
dissipassem após os resultados das urnas. Segundo ela, o maior
compromisso da oposição é se manter unida nos próximos anos.
“Lamentavelmente,
constatamos que a mentira tem perna curta. Não olharemos para trás e
desejaremos que o país cresça. Entretanto, com trabalho e apoio dos 51
milhões de brasileiros [que votaram em Aécio], é possível construir um
Brasil ainda melhor”, ressaltou Pastor Everaldo, criticando as
manifestações dos últimos dias em algumas capitais do país.
Presidente
nacional do PPS, o ex-deputado Roberto Freire observou que a aliança da
oposição mostra que as legendas “estão dando voz a uma indignação que
as ruas começam a expressar”, assinalou. Freire explicou a importância
de um movimento democrático e ético no Parlamento. “Não vamos nos render
a uma indignação que perca a luta democrática. Derrotar o governo
petista faz parte da luta democrática”, acrescentou, afirmando que não
apoiará qualquer “desvio”.
A
aliança oposicionista, que começará a produzir efeitos a partir de
2015, também foi exaltada pelo deputado Paulinho da Força e pelo
ex-senador Arthur Virgílio (PSDB). Segundo eles, o desempenho de Aécio
Neves na campanha deve ser considerado pelos parceiros como “aglutinador
de partidos díspares”.
Na
tarde de terça (4), no retorno ao Senado, Aécio prometeu uma oposição
dura. Acentuou que as cobranças virão do Congresso e das ruas, entre
elas eficiência na gestão pública, transparência nos gastos e apuração
de todas as denúncias de corrupção. O senador repudiou as manifestações
que defendem a volta dos militares ao poder, concluindo que não há fato
especifico para pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Na
Câmara, o PSDB tem a terceira maior bancada, com 54 deputados federais.
Desses, 28 são parlamentares reeleitos. No Senado, o partido terá, em
2015, menos dois integrantes da atual bancada de 12 senadores. Nas
urnas, Aécio Neves perdeu em resultado considerado apertado, com 48,36%,
contra os 51,54% dos votos válidos para Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário