(portal D24am)
Praças e espaços para esportes apresentam riscos a frequentadores
No Núcleo 15 do bairro Cidade Nova 2, na zona norte, um grupo de amigos tomou conta da área de lazer. Declararam que isso foi necessário para evitar que o local fosse ocupado por usuários de drogas. O Grêmio Recreativo Master, criado pelo aposentado Aroldo Pampolha, 59, estão em condições precárias. Os muros estão prestes a cair e o campo está cheio de buracos, mas a escola de futebol para crianças funciona no local.
Pampolha diz que são 15 áreas no bairro que estão na mesma situação. “Perdemos a conta de quanto tempo estamos esperando ajuda para reestruturar isso aqui. A comunidade não se interessa muito e nem os órgãos responsáveis”, disse. Apesar do lixo que também ocupa o terreno, 45 crianças têm aulas de futebol, às sextas-feiras.
Na Rua 69 do Núcleo 12, outra área está abandonada. Vizinho do local há 18 anos, o aposentado Ananias Feitosa, 65, contou que os campos de futebol e o espaço que as crianças têm para brincar estão tomados pelo mato há anos. “Nem sei quando foi a última vez que vi isso aqui limpo. Já é muito raro as pessoas usarem a outra área. Só o campo de vôlei, que é menor e ainda está limpo, é utilizado”, contou.
Tão ruim quanto os outros pontos, a área de lazer e esporte do Núcleo 11 divide espaço com as casas. Isso porque o muro que delimitava o espaço desabou e nunca foi reformado. Lá, a área é utilizada por times que participam de competições entre bairros. O auxiliar administrativo Matheus Albuquerque, 19, é um dos atletas amadores que enfrenta a escuridão, o lixo e o matagal nos treinos. “Antes, a única coisa que vinham fazer era capinar e ajustar a iluminação, mas desde fevereiro ninguém aparece aqui”, contou. O DIÁRIO visitou, ainda, áreas do Núcleo 4 e 13. Os mesmos problemas foram relatados pelos usuários.
Em nota, a Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) informou que tem conhecimento da situação dessas áreas. Segundo a assessoria de imprensa, o coordenador de obras da secretaria, Thiago Durante, informou que um processo de licitação está sendo instaurado para que as obras sejam realizadas. Não há previsão para quando o trabalho será executado.
Sem previsão
Bancos e brinquedos quebrados, pichações e falta de serviços de jardinagem são os principais problemas encontrados em algumas áreas de lazer da cidade. A falta de segurança também é uma das principais queixas dos moradores. “Essa construção está abandonada há anos. Isso é ponto de drogados à noite”, disse a autônoma Julieta Alencar, 38, moradora das proximidades da Praça José Romão, no Conjunto Colina do Aleixo, zona leste de Manaus. Julieta refere-se a um prédio que era sede da Associação dos moradores do conjunto, mas que já está fora de uso há anos. Além disso, as calçadas da praça estão rachadas.
Na Praça Francisco Couto, na rua 1 do Conjunto Vilar Câmara, também na zona leste, os moradores reclamam do mato alto e da falta de infraestrutura. “Os moradores até que ajudam, mas tem coisas que só o poder público pode fazer como consertar esses bancos”, disse o autônomo Diego Firmino, 37. Nua das Orquídeas, ao lado da Paróquia de Santa Bárbara, no Conjunto Tiradentes, o mato já encobriu os bancos quebrados.
A Seminf informou que há um planejamento para reformas de outras praças, mas que no momento executa reformas da praça em frente ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), no bairro São Jorge, zona centro-oeste de Manaus. A secretaria informou ainda que, com a chegada do verão, outras praças serão reformadas.
O órgão afirmou que vai encaminhar ao setor de engenharia as praças citadas pelo Portal D24am para que possam ser avaliadas e entrar em uma programação para futuras reformas, mas não há datas para uma intervenção.
Texto: Lívia Anselmo e Thiago Freire
Nenhum comentário:
Postar um comentário