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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Revista surpresa na Cadeia Pública de Manaus apreende 60 celulares, armas e drogas



(portal Acrítica)


Operação de busca foi feita na manhã desta segunda-feira (28), quando foram encontrados aparelhos de celular com carregadores, diversas armas branca e porções de diferentes drogas. Em uma das celas, foi constatado um buraco que parecia ser um túnel

Revista surpresa na Cadeia Pública apreendeu armas, drogas e celulares.
Revista surpresa na Cadeia Pública apreendeu armas, drogas e celulares. (Luiz Vasconcelos)
A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) realizou, na manhã desta segunda-feira (28), uma revista surpresa na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, localizada na avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus. A operação apreendeu 60 aparelhos celulares, 74 carregadores e 38 "estoques" (armas branca caseiras), além de diversos entorpecentes.
Durante o "pente fino", a Sejus ainda teve de mandar consertar às pressas uma espécie de túnel que encontrou por acaso no local, causando espanto nos agentes. O buraco foi avistado em uma das celas da cadeia, mas que, de acordo com a Sejus, foi causado pelo "afundamento do piso". Segundo eles, a prisão é muito antiga - o que deve ter causado o dano no solo - e será desativada em agosto de 2015.
Segundo os próprios presos da cadeia e policiais, que não quiseram se identificar, o buraco que fica próximo a um banheiro de uma das celas era, na verdade, um túnel que possivelmente seria usado como rota de fuga dos presos. Hoje, a Cadeia Pública tem um contigente de 621 presos.
A Secretaria de Justiça abrirá sindicância para apurar como os materiais proibidos entraram na cadeia, já que o local é monitorado por agentes penitenciários do Estado. As demais unidades prisionais de Manaus são todas terceirizadas.
A operação da Sejus contou com o apoio de 90 policiais militares, incluindo o Batalhão de Choque e Cães da PM. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a revista é feita, aproximadamente, a cada 20 dias e visa o monitoramento de possíveis rebeliões ou fugas dos presos, além de confiscar itens ilegais dentro da unidade.
Direitos Humanos da OAB
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Epitácio da Silva Almeida compareceu ao local depois que a revista já havia começado e se disse indiguinado com a forma como ocorreu a operação. “A comissão deveria ter sido avisada com antecedência, como sempre fazem, para acompanharmos a revista a fim de que não haja nenhum tipo de abuso de violência contra os detentos”, disse Epitácio.
Familiares dos presos estavam do lado de fora da cadeia muito nervosos e com receio de que algo acontecesse com seus entes. No entanto, a Sejus informou que sempre avisa a OAB sobre as operações nas cadeias e que isso já é tido como rotina nos presídios da capital amazonense.
A revista acontece dois dias após a fuga de seis presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). 

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