(portal Acrítica)
Operação
de busca foi feita na manhã desta segunda-feira (28), quando foram
encontrados aparelhos de celular com carregadores, diversas armas branca
e porções de diferentes drogas. Em uma das celas, foi constatado um
buraco que parecia ser um túnel
A
Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) realizou, na
manhã desta segunda-feira (28), uma revista surpresa na Cadeia Pública
Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, localizada na avenida Sete de
Setembro, no Centro de Manaus. A operação apreendeu 60 aparelhos
celulares, 74 carregadores e 38 "estoques" (armas branca caseiras), além
de diversos entorpecentes.
Durante
o "pente fino", a Sejus ainda teve de mandar consertar às pressas uma
espécie de túnel que encontrou por acaso no local, causando espanto nos
agentes. O buraco foi avistado em uma das celas da cadeia, mas que, de
acordo com a Sejus, foi causado pelo "afundamento do piso". Segundo
eles, a prisão é muito antiga - o que deve ter causado o dano no solo - e
será desativada em agosto de 2015.
Segundo
os próprios presos da cadeia e policiais, que não quiseram se
identificar, o buraco que fica próximo a um banheiro de uma das celas
era, na verdade, um túnel que possivelmente seria usado como rota de
fuga dos presos. Hoje, a Cadeia Pública tem um contigente de 621 presos.
A
Secretaria de Justiça abrirá sindicância para apurar como os materiais
proibidos entraram na cadeia, já que o local é monitorado por agentes
penitenciários do Estado. As demais unidades prisionais de Manaus são
todas terceirizadas.
A
operação da Sejus contou com o apoio de 90 policiais militares,
incluindo o Batalhão de Choque e Cães da PM. Segundo a assessoria de
imprensa do órgão, a revista é feita, aproximadamente, a cada 20 dias e
visa o monitoramento de possíveis rebeliões ou fugas dos presos, além de
confiscar itens ilegais dentro da unidade.
Direitos Humanos da OAB
Presidente
da Comissão de Direitos Humanos da Ordem do Advogados do Brasil (OAB),
Epitácio da Silva Almeida compareceu ao local depois que a revista já
havia começado e se disse indiguinado com a forma como ocorreu a
operação. “A comissão deveria ter sido avisada com antecedência, como
sempre fazem, para acompanharmos a revista a fim de que não haja nenhum
tipo de abuso de violência contra os detentos”, disse Epitácio.
Familiares
dos presos estavam do lado de fora da cadeia muito nervosos e com
receio de que algo acontecesse com seus entes. No entanto, a Sejus
informou que sempre avisa a OAB sobre as operações nas cadeias e que
isso já é tido como rotina nos presídios da capital amazonense.
A revista acontece dois dias após a fuga de seis presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
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