Gol

sábado, 26 de julho de 2014

Farc são acusadas de provocar danos ambientais na Colômbia



(portal D24am)

Impactos da guerrilha são visíveis na região de Putumayo, diz chefe de governo
sábado 26 de julho de 2014 - 6:26 PM
Com informações de agências / portal@d24am.com
Exército Popular de Libertação diz que já é hora de acabar com os confrontos. Foto: Reprodução
Bogotá - O chefe das negociações do governo da Colômbia nos diálogos de paz com a guerrilha das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc), Humberto de la Calle, criticou, nessa sexta-feira, várias ações atribuídas a este grupo que causaram “gravíssimos danos ambientais” no sudoeste do país.
“Das Farc o país espera que estejam à altura do momento histórico. Depois de anos de incredulidade e décadas de conflito, a Colômbia começou a falar de paz, a sonhar com a paz como um sonho possível”, disse de la Calle, em declaração proferida no palácio de governo de Bogotá.
“Os colombianos esperam verdadeiros gestos neste sentido de parte das Farc. É mais que lamentável, é terrível ver o gravíssimo dano ambiental do Putumayo nos últimos dias”, completou ele.
Já a guerrilha Exército Popular de Libertação (EPL) anunciou seu interesse em aderir ao processo de paz do governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, após assegurar em carta divulgada, na sexta-feira, 25, que os guerrilheiros se identificam com várias das propostas tratadas com as Farc.
Em carta aberta a várias organizações sociais publicada, na sexta-feira, pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol), ligada à guerrilha, o EPL, reduto de um grupo que se desmobilizou nos anos 90, manifesta que “já é hora que se acabe o conflito com todos os grupos insurgentes”.
“Acreditamos que com seus bons ofícios e ação política também se concretizará a abertura de diálogos com o EPL, para fechar as portas à ideia que o Estado se opõe à saída política ao conflito”, afirma a carta.
Além do processo de paz com as Farc, que começou em novembro de 2012 em Cuba, o governo colombiano iniciou em janeiro deste ano conversas exploratórias para um diálogo similar com o Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda maior guerrilha do país.
O EPL assegura que, se chegar a uma negociação com o governo, insistirá na convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte que já propuseram às Farc e ao ELN.
O governo colombiano e as Farc concordaram em criar uma comissão da verdade para investigar as mortes de milhares de pessoas ao longo de cinco décadas de conflito no país.
A decisão veio em meio às conversas de paz entre os dois lados, realizadas em Cuba.
Estima-se que 220 mil pessoas tenham morrido em meio ao conflito. “Os direitos da vítimas são inegociáveis”, disse um comunicado sobre a decisão divulgado na capital cubana, Havana.
O documento estabelece dez pontos como a base para as discussões em novas rodadas de negociações. Diz que “as vítimas devem ser reconhecidas não só por esta posição de vítimas, mas como cidadãos com direitos”.
As “vítimas de abusos de direitos humanos” têm o direito à verdade, justiça, compensação e garantias de que estas violações nunca mais ocorrerão. O reconhecimento por parte das Farc que existem vítimas do conflito foi vista na Colômbia como um momento histórico, diz Arturo Wallace, da BBC em Bogotá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário