Campanha
que definirá quem irá comandar o Amazonas inicia oficialmente neste
domingo (6), com a liberação da propaganda eleitoral
Os sete candidatos que concorrem ao Governo do Estado fazem os
ajustes finais para colocar na rua, na capital e no interior, suas
campanhas eleitorais. A meta é seduzir os corações e as mentes de um
contingente de 2.225.703 eleitores e eleitoras
Liberados
pela Justiça para pedir votos a partir deste domingo (6), data em que
inicia oficialmente a campanha eleitoral, os sete candidatos ao Governo
do Amazonas fecham detalhes de suas candidaturas para largarem com todas
suas armas na corrida que vai definir quem vai administrar um orçamento
estimado em R$ 18 bilhões em 2015.
Estreiante
na disputa, o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) disse que só
colocará seu time na rua quanto fechar todos os detalhes com a Justiça
Eleitoral, como a obtenção do CNPJ. “A partir do momento que nós
tenhamos o CNPJ, vamos ter algum material gráfico e iniciar as
atividades de rua, adesivagens e caminhadas”, disse.
O
candidato do PSB diz que fará uma campanha para o eleitor do Século 21.
Por isso, não fará uso de ações que considera ultrapassadas, como
comícios.
“Os últimos (comícios) que
vi não tinham um que a plateia não fosse formada só por cabos eleitorais
da campanha. No comício o político só fala. Não ouve nada. Ninguém é
contraditado. Vamos privilegiar espaços de diálogos. Vamos fazer uma
campanha do século 21 para pessoas do século 21, para construir um
governo do século 21”, declarou Ramos.
Novato
também na lista de candidatos ao governo, o ex-deputado estadual Abel
Alves, do Psol, informou que se dedica em discutir com os demais
candidatos da sigla a divisão do tempo (1 minuto) que eles terão na
propaganda eleitoral na TV e no rádio.
“Depois
vamos começar nosso trabalho aqui, por Manaus, e municípios da Região
Metropolitana, onde podemos ir de carro. E programando depois, também,
viagens a calhas dos rios, no baixo Amazonas”, comentou Abel.
Segundo
o ex-deputado, o material que o Psol vai veicular na TV e no rádio não
será produzido por grandes produtoras. Mas será de boa qualidade.
“Não
temos pretensão e nem condições de contratar empresas de marketing,
grandes estúdios. Vamos fazer a coisa mesmo artesanal. Com a ajuda de
pessoas amigas. Mas tudo com qualidade”, disse o candidato do Partido
Socialismo Liberdade.
Dos sete
candidatos ao governo, Abel foi o único que confirmou compromisso de
campanha para hoje. Segundo o ex-deputado, ele estará hoje em
Itacoatiara (a 170 quilômetros de Manaus). No município, ele disse que
irá se reunir com partidários da sigla.
Braga fará campanha colaborativa
Candidato
ao terceiro mandato de governador, o senador e ex-governador Eduardo
Braga (PMDB) está com Quartel General (QG) montado para trabalhar sua
imagem junto ao eleitorado do Estado na TV, rádio e Internet. Mas não
tem agenda de campanha divulgada para esta semana.
Os
coordenadores de comunicação e de jornalismo da campanha de Braga, Caca
Colonesi e Rodrigo Araújo, respectivamente, dizem que o senador fará
uma campanha “colaborativa”, dando voz aos eleitores do Estado.
“Antes
da convenção do dia 30 de junho, o senador fez uma série de encontros
partidários, e, pela primeira vez, se abriu a palavra para quem quisesse
falar. Foi uma coisa aberta, democrática. A campanha terá esse
sentido”, disse Caca Colonesi.
“Em
alguns municípios, as pessoas elogiaram a iniciativa, e disseram que
nunca um político tinha ido lá e dado voz para elas. Isso foi uma reação
muito positiva”, acrescentou o jornalista Rodrigo Araújo.
Para
Caca Colonesi, a campanha vai refletir a essência do pensamento de
Braga. “Interagir, ouvindo as pessoas. Ouvir e respeitar é o eixo da
campanha. Essa campanha quer ouvir e respeitar as pessoas. Vamos
trabalhar nesse sentido”, afirmou Caca.
Candidato depois das 18h
Candidato
à reeleição, o governador José Melo, do Pros, informou, por meio de sua
assessoria, que fará campanha somente após as 18h. Até esse horário,
ele se dedicará às obrigações de governador.
A exemplo dos demais candidatos, a assessoria informou que Melo ainda não definiu suas atividades para esse início de campanha.
Por
causa da legislação eleitoral, desde sábado o governador não poderá
mais participar de inauguração de obras. O descumprimento da norma é
considerado crime eleitoral, que pode resultar na cassação do diploma e
perda do mandato, caso seja eleito.
Na
quinta-feira, Melo reinaugurou o Parque Estadual Sumaúma e o Estádio da
Colina, em Manaus. Na sexta-feira, um dia antes do prazo limite para
participar desse tipo de evento, ele entregou o Centro de Covenções do
Amazonas, também na capital.
A Lei
das Eleições (lei 9.504/97) especifica que “é proibido a qualquer
candidato comparecer, nos três meses que precedem o pleito, a
inaugurações de obras públicas”.
Desde
abril, quando assumiu o cargo de governador, após a renúncia de Omar
Aziz (PSD), até o dia 2 desse mês, Melo tinha participado de 24
inaugurações.
Melo assumiu o governo
no dia 4 de abril. O governador eleito, Omar Aziz, deixou o cargo para
poder se candidatar a uma vaga no Senado.
Luiz Navarro (PCB)
“Ainda
não definimos nossas atividades de campanha. Estamos discutindo com uma
gravadora a nossa propaganda na TV. Quem não tem recurso está buscando
alguma forma de fazer sua campanha de maneira que não seja tão onerosa.
Talvez usemos carros de som, reuniões, comícios. Para nós, que não temos
recursos, vai ser uma campanha como as anteriores. Nossa campanha é no
sentido de despertar a consciência do trabalhador para lutar pela sua
posição ao sol. Nosso objetivo é mostrar que somos um candidato
diferente dos que aí estão. Tem candidato aí disputando quem melhor
administra o capital, o dinheiro público. Nós somos o único diferente. A
nossa proposta é construir o poder popular para caminharmos para o
socialismo. Nossa campanha é no sentido de despertar a consciência do
trabalhador para lutar pela sua posição ao sol. Eu, desde que me entendi
como gente, que ouço: ‘vamos fazer o bolo crescer para depois
distribuir’. Nunca vi essa distribuição acontecer”
Chico Preto (PMN)
“Em
função das providências que fazem parte do processo, como documentos,
arte de campanha, que fazem parte da nossa primeira agenda, nossa
campanha de rua começa mesmo só após o término da Copa do Mundo, e de
maneira crescente. Desde que não prejudica minha atividade parlamentar,
pretendo fazer viagens ao interior. O partido tem diretórios instalados
no interior, que serão nossos braços onde não pudermos ir. Nossos
apoiadores em outras cidades serão acionados. Teremos nossa campanha nos
meios eletrônicos. E a própria campanha TV vai impulsionar nossa
caminhada”.
PSTU
Último
candidato a confirmar seu nome na disputa pelo Governo do Amazonas,
Herbert Amazonas disse que ainda busca se afastar do trabalho, para
depois pensar na campanha. O candidato do PSTU é funcionário dos
Correios. “Esse final de semana a gente não vai sair ainda. Porque a
maioria da gente trabalha. Precisa se desincompatibilizar do trabalho.
Essa semana estamos cuidando desses detalhes. Diferente das outras
candidaturas, que têm um batalhão de profissionais para cuidar disso”,
disse.
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