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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ministro Joaquim Barbosa se aposenta oficialmente do STF



(portal G1)

Última sessão dele como presidente do Supremo aconteceu na terça (1º). Barbosa fica no cargo até publicação da aposentadoria no Diário Oficial.

Giovana Teles Brasília, DF

Na terça-feira (1º), o ministro Joaquim Barbosa se despediu do Supremo Tribunal Federal. Ele não quis fazer pronunciamentoo, mas disse a jornalistas que está de “alma leve” e “não se interessa pela política partidária”.
No Palácio do Planalto, Joaquim Barbosa se encontrou com o vice-presidente, Michel Temer. “Eu vim me despedir”, disse Barbosa.
O encontro foi depois da última sessão que Joaquim Barbosa presidiu no Supremo. Aos jornalistas, ele disse que sai com a sensação de dever cumprido, depois de 11 anos no STF.
“É importante que o brasileiro se conscientize da importância, da fundamentalidade, da centralidade e da obrigação de todos cumprirem as normas, cumprirem a lei, cumprirem a constituição. Esse é o norte principal da minha atuação”, declarou o ministro Joaquim Barbosa.
Ele poderia ficar mais dez anos no tribunal e três meses na presidência do STF. O anúncio da aposentadoria precoce, feito em maio, foi uma surpresa.
Indicado para o tribunal pelo ex-presidente Lula, Joaquim Barbosa foi relator do mensalão do PT, o maior julgamento da história do tribunal. Teve discussões acaloradas com alguns ministros, principalmente com o revisor da ação Ricardo Lewandowski, que será o novo presidente do Supremo.
Ministros comentaram a atuação de Barbosa como presidente do tribunal:
“Foi um período muito agitado do tribunal em função, inclusive, desse julgamento do mensalão, dessa ação 470, que foi um julgamento muito difícil", afirma o ministro Gilmar Mendes.
“Ele conduziu a ação penal 470, que era um processo extremamente difícil em uma linha que quebrou um pouco o padrão geral seletivo da Justiça brasileira, de modo que eu acho que prestou uma contribuição relevante para o Poder Judiciário”, aponta o ministro Luís Roberto Barroso.
Joaquim Barbosa fica no cargo até que a aposentadoria dele seja publicada no Diário Oficial. Sobre a possibilidade de participar, de alguma forma, da campanha eleitoral este ano, o ministro disse que a política do dia a dia não tem grande interesse para ele.
O que Joaquim Barbosa deseja mesmo é poder caminhar pelas ruas, com amigos, na maior tranquilidade.

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