(portal G1)
Última sessão dele como presidente do Supremo aconteceu na terça (1º). Barbosa fica no cargo até publicação da aposentadoria no Diário Oficial.
Na terça-feira (1º), o ministro Joaquim Barbosa se despediu do Supremo Tribunal Federal. Ele não quis fazer pronunciamentoo, mas disse a jornalistas que está de “alma leve” e “não se interessa pela política partidária”.
No Palácio do Planalto, Joaquim Barbosa se encontrou com o vice-presidente, Michel Temer. “Eu vim me despedir”, disse Barbosa.
O encontro foi depois da última sessão que Joaquim Barbosa presidiu no Supremo. Aos jornalistas, ele disse que sai com a sensação de dever cumprido, depois de 11 anos no STF.
“É importante que o brasileiro se conscientize da importância, da fundamentalidade, da centralidade e da obrigação de todos cumprirem as normas, cumprirem a lei, cumprirem a constituição. Esse é o norte principal da minha atuação”, declarou o ministro Joaquim Barbosa.
Ele poderia ficar mais dez anos no tribunal e três meses na presidência do STF. O anúncio da aposentadoria precoce, feito em maio, foi uma surpresa.
Indicado para o tribunal pelo ex-presidente Lula, Joaquim Barbosa foi relator do mensalão do PT, o maior julgamento da história do tribunal. Teve discussões acaloradas com alguns ministros, principalmente com o revisor da ação Ricardo Lewandowski, que será o novo presidente do Supremo.
Ministros comentaram a atuação de Barbosa como presidente do tribunal:
“Foi um período muito agitado do tribunal em função, inclusive, desse julgamento do mensalão, dessa ação 470, que foi um julgamento muito difícil", afirma o ministro Gilmar Mendes.
“Ele conduziu a ação penal 470, que era um processo extremamente difícil em uma linha que quebrou um pouco o padrão geral seletivo da Justiça brasileira, de modo que eu acho que prestou uma contribuição relevante para o Poder Judiciário”, aponta o ministro Luís Roberto Barroso.
Joaquim Barbosa fica no cargo até que a aposentadoria dele seja publicada no Diário Oficial. Sobre a possibilidade de participar, de alguma forma, da campanha eleitoral este ano, o ministro disse que a política do dia a dia não tem grande interesse para ele.
O que Joaquim Barbosa deseja mesmo é poder caminhar pelas ruas, com amigos, na maior tranquilidade.
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