(portal Acrítica)
Banhistas dos lagos no entorno da cabeceira da Ponte Rio Negro elegeram os locais como novas áreas de diversão natural, que concentra cada vez mais gente
Os
lagos criados neste período de cheia, próximos à cabeceira da Ponte Rio
Negro, que liga Manaus ao município de Iranduba (a 25 quilômetros da
capital), tornaram-se o “point” para um número cada vez maior de
amazonenses em busca de opções de lazer nos fins de semana e feriados.
Ontem, um grande número de pessoas procurou o local para se refrescar
sob cerca de 35 graus, registrados durante o dia, além de pescar e
descontrair.
O
ajudante de obras Whashington José Moreo dos Santos, 38, sempre gosta
de ir aos domingos para a ponte e, além do banho de rio, também
aproveitou para arriscar umas jogadas de tarrafa. “Chegamos aqui às 9h
da manhã e só vamos lá pelas 17h, ainda não peguei nenhum peixe, mas já
deu pra relaxar”, contou.
Com
anzóis artesanais, o trio de amigos, Shirlan Cardoso, 35, Raimundo
Moraes, Eriton Lima, 26, que chegaram às 5h da manhã na Ponte comemoram a
pesca de cinco traíras - espécie de peixe. “Pelo menos duas vezes na
semana passamos por aqui, ninguém é pescador profissional mais vem aqui
pra tomar fôlego pro trabalho, tirar o estresse”, revelou Shirlan.

O
policial militar Hitler Gray, 37, aproveitou o domingo de sol para
trazer pela primeira vez o casal de filhos, Lara e Cássio Jafra, para
pescar. “Aqui é um ensaio de pescaria, pra ver se eles gostam, além de
ser um excelente teste de paciência. Eu já pesco há sete anos e eles
sempre me viam chegando em casa com os peixes e me cobravam de
trazê-los. Hoje pode ser a primeiro de muitos outros domingos que
poderei vir pescar com meus filhos”, confidenciou o policial.
Mas
também há aqueles que preferiram aproveitar apenas o banho de rio. A
estagiária Francisca Rejane, 43, reuniu a família para aproveitar o dia
de sol. “Estamos em três carros, se for contabilizar dá quase quinze
pessoas, entre filho, filha, netos, genro, nora... Todo mundo veio. É a
segunda vez que venho e é muito bom, dá pra todo mundo se divertir na
paz”, frisou Rejane.
A
universitária Lindaglaucia Queiroz, 27, observou que na falta de outros
locais públicos para banho, os lagos próximos a Ponte do Rio Negro têm
sido a melhor opção aos finais de semana.
“Aqui
tem tudo, têm barraca de churrasquinho, se você não trouxer a cerveja,
com certeza não vai faltar os ambulantes vendendo num preço acessível,
daí está tudo certo. Dá pra se divertir com segurança”, afirmou.

E
mesmo com a diversão a universitária alertou para aqueles que também
buscam o local para se divertir, mas que não recolhem o lixo que
produzem ou atiram até mesmo na água. “Essa é a minha única crítica, mas
aí já é a falta de consciência deles”, lamentou.
Vendas em alta na cabeceira
O
comércio na cabeceira da ponte Rio Negro é intenso aos finais de
semana. Ontem, A CRÍTICA computou onze barracas comercializando desde
bebidas alcóolicas, água, refrigerante, até o famoso “churrasco de
gato”. O caminhoneiro Itamar Melo Rodrigues, 34, vai somente aos
domingos para o local onde vende churrasquinho de frango e de calabresa.
“Por domingo eu tiro uns R$ 400, é uma ótima segunda renda”, afirmou
Itamar.

Já
o ambulante Antônio Alberto, 45, contou que vem todos os dias para o
local onde vende água de côco, refrigerante e água. “Claro que aos
finais de semana é mais movimentado, mas nem sempre, e neste período da
cheia tem o problema de que como vira um local para os banhistas, muitos
deles nem levam o lixo, jogam pela pista mesmo”, criticou. Segundo o
ambulante, há cerca de três meses o caminhão de lixo deixou de passar
pela área.

Frequentadores
A
maioria dos banhistas de ontem, nos lagos próximos a cabeceira da ponte
Rio Negro eram manauenses. E os “pescadores de fim de semana” tentavam
pescar com anzóis improvisados com fios de nylon e garrafas.
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