(portal Acrítica)
Projeto anunciado nesta quarta-feira (27) na reunião do Codam será implantado na região do Tarumã e gerenciado com apoio da indústria local
Durante reunião, lideranças manifestaram apoio à criação do “polo intelectual” que deve começar a operar até 2016
A
criação de um Polo de Pesquisa e Desenvolvimento para a Amazônia foi
anunciado, nesta quarta-feira (27), na penúltima reunião do ano do
Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam). A expectativa é de que
até 2016, o ‘parque intelectual’ seja estruturado em uma área de 300 mil
metros quadrados na região do Tarumã e esteja atuando como órgão
responsável pela aplicação dos recursos de P&D provenientes das
indústrias de bens de informática beneficiadas pelo modelo Zona Franca
de Manaus (ZFM).
Os
detalhes do projeto, que conta com a coordenação da Secretaria de
Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Estado (Seplan), foram
apresentados ontem durante a reunião a representantes da indústria. O
advogado e um dos autores, Amadeu Aguiar, explicou que, apesar, da
coordenação do governo do Estado, o diferencial é a gestão do novo Polo
pela direção das indústrias interessadas em participar do projeto.
Conforme
explicou, elas serão convidadas a participar como sócias e aplicarão o
percentual de até 5% definido obrigatoriamente pela Lei de Informática
(Lei 8248/91) para investimentos em P&D. “Hoje, esse investimento
pode ser 0,5% a 5%, com percentuais a serem aplicados internamente ou
externamente. O que pretendemos é canalizar esses recursos disponíveis
anualmente para desenvolver, de fato, produtos 100% made in Amazonas”,
defendeu.
Recursos
Considerando
o percentual de 5% para os recursos de P&D, a Seplan estimou que,
apenas no ano passado, em torno de R$ 653 milhões foram gerados pelo
faturamento das indústrias do segmento. De acordo com a Suframa, este
ano, pelo menos mais R$ 500 milhões estarão disponíveis. A aposta das
duas entidades é de que em dois anos, este recurso anual ultrapasse a
faixa de R$ 1 bilhão.
Próximos passos
Segundo
os autores do projeto, até o final deste ano, a fase de implantação
jurídica estará finalizada e até 2016, a estrutura do polo, efetivamente
ativa.
O
presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson
Périco, avaliou positivamente a iniciativa e destacou a importância do
novo polo. “Esta é a primeira medida para não esperarmos mais 50 anos
sem uma ação efetiva para a diversificação da indústria”.
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