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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Amazonas tem 531 casos confirmados de hepatite somente neste ano



(portal D24am)

O número de casos em 2014 já equivale a uma média de 75,8 ocorrências mensais. Fevereiro foi o mês que apresentou o maior pico do ano
quarta-feira 20 de agosto de 2014 - 11:04 AM
Annyelle Bezerra / portal@d24am.com
Os atendimentos para diagnóstico realizado a partir de um conjunto de sintomas da doença cresceu 19,3% neste ano. Foto: Acervo DA
Manaus - De janeiro a julho deste ano, 531 casos confirmados de hepatite foram diagnosticados, no Amazonas, pela Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HDV), segundo dados disponíveis no Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (E-siga). Apesar de menor por três casos, em relação ao mesmo período de 2013, os atendimentos para diagnóstico sindrômico (diagnóstico realizado a partir de um conjunto de sintomas) da doença, cresceu 19,3%, neste ano.
O número de casos de hepatite confirmados, no Estado, neste ano, já equivale a uma média de 75,8 ocorrências mensais. Com 127 diagnósticos, o mês de fevereiro foi o que apresentou o maior pico do ano, seguido pelo mês de maio (89), março (78), junho (75), janeiro (72), abril (64) e julho (26).
Em todo o ano passado, 688 pessoas tiveram o diagnóstico confirmado para hepatite, segundo o  E-siga, tendo sido os meses de junho (91) e abril (86) os com maior incidência. Até julho de 2013, 534 pessoas foram diagnosticadas com hepatite.
Diferente do observado nos casos confirmados, o número de pessoas atendidas na unidade de saúde devido a doença cresceu 19,3%, no último ano, no Estado. Conforme as estatísticas, enquanto, até julho do ano passado, 37,3 mil pacientes recorreram à FMT-HDV em busca de tratamento, 44,5 mil atendimentos do tipo já foram feitos na unidade, até o mês passado.
O mês de maio com 9.217 casos foi o que mais demandou atendimentos na Fundação, seguido pelos meses de julho (7.613) e junho (7.159).
Em todo o ano de 2013, 63,9 mil atendimentos de pacientes com a doença foram realizados.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Susam), em julho deste ano, até aquele mês, 11 mil pessoas portavam o vírus das hepatites B, C e D, sendo a hepatite B, com oito mil casos, a de maior incidência.
Diferente da hepatite A que ocorre pelo contágio fecal-oral, as hepatites B, C e D são transmitidas por relações sexuais, alicates de manicures contaminados e laminas de barbear ou seringas compartilhadas.
Coletores de lixo, que lidam com descarte hospitalar, bombeiros, profissionais da saúde e usuários de drogas injetáveis estão entre os que pertencem ao grupo de risco, no caso da hepatite B, C e D. No que se refere a hepatite A, a disseminação está relacionada à infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene.
De acordo com a coordenadora estadual de DST/ Aids e Hepatites Virais da Susam, Cristiane Benevides, os 531 casos de hepatite diagnosticados, neste ano, não representam um número elevado, mas demonstram a realidade do Estado, que desde janeiro realiza testes rápidos da doença em todos os seus municípios.
“Até esse período não tínhamos a descebtralização do diagnóstico. Agora é possível ampliar o conhecimento sobre o registro da doença e combatê-la”, afirmou.
Vacinação
Nesta semana, no Amazonas, iniciou a vacinação contra a hepatite A, destinada às crianças na faixa etária de 12 meses a dois anos incompletos.
No total, 24 mil doses únicas da vacina devem ser disponibilizadas nos postos de saúde do Estado para o atendimento de 77.381 mil crianças.
No final do mês passado, os municípios começaram a receber as doses e outros lotes devem ser encaminhados pelo Ministério da Saúde às unidades da federação, no decorrer de 2015, para que haja a imunização de 100% das crianças.
Além do Amazonas, estados como Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins também iniciam a imunização, em agosto.
O esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério, prevê uma dose única da vacina, mas um monitoramento da situação epidemiológica da doença deve ser feito para definir a necessidade de inclusão de uma segunda dose no calendário da criança.
No total R$ 111,1 milhões foram investidos na compra de 5,6 milhões de doses da vacina.

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