(portal Acrítica)
Ao
repreender seus alunos - de idades entre 17 a 7 anos -, por estarem
bebendo substância alcoólica, o professor Madija Kaulina foi morto com
golpes de faca e degolado no município de Juruá, região do alto Solimões
A
Polícia Civil de Juruá, distante a 674 quilômetros em linha reta de
Manaus, apreendeu na manhã desta terça-feira (26) seis adolescentes
indígenas da etnia Madijá Kulina - um de 17 anos, um de 14, três de 13 e
um de apenas 7 -, que no início da noite da última segunda-feira (25)
assassinaram o professor identificado como Madija Kaulina, também
indígena.
Eles
foram apreendidos em flagrante pela prática infracional de homicídio
qualificado por motivo fútil, e por não terem dado oportunidade de
defesa à vítima. A polícia continua na busca pelo corpo de Kaulina, que
foi escondido pelos adolescentes.
“Nós
encontramos as roupas da vítima com várias perfurações e suja de sangue
e as facas usadas no crime que também ainda estão sujas de sangue”,
revelou o delegado que também informou que o crime teria sido motivado
por vingança, já que um dos meninos havia sido roubado por um parente do
professor Kaulina.
O crime
Por
volta das 18h, o professor passava por um campo de futebol localizado
no bairro Tancredo Neves II, na cidade do Juruá, e encontrou o grupo de
adolescentes ingerindo bebida alcoólica. Ao repreendê-los, Kaulina foi
brutalmente atacado e morto.
De
acordo com o depoimento à polícia, cada um aplicou entre dois a três
golpes de arma branca no professor e depois o degolaram. Quatro facas
foram utilizadas no crime. Após o assassinato, eles esconderam o corpo.
Ao
voltar para casa, um dos adolescentes confessou o crime para sua avó,
que contactou na polícia imediatamente. Os policiais foram ao local do
crime e encontraram diversas manchas de sangue.
Em
seguida, foram à casa dos adolescentes e os apreenderam para levar até a
delegacia onde eles confessaram o crime. O menino de 7 anos confirmou
ter participado do assassinato, dizendo que deu duas facadas na vítima.
Ele foi entregue para avó, que mora em uma comunidade indígena na zona
rural da cidade. Os demais ficaram detidos em uma sala especial,
providenciada pelo delegado.
“Aqui,
não há uma política pública voltada para os jovens. Sem ter o que fazer
eles acabam indo para o crime”, concluiu o delegado.
*Com informações da repórter Joana Queiroz
**Leia mais na edição de quarta-feira (27) do Jornal A CRÍTICA
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