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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado estuda nova mudança ortográfica





(portal Acrítica)

A proposta, de autoria do professor Ernani Pimentel, visa uma nova reforma ortográfica na língua portuguesa que facilite o ensino de ortografia dentro dos países lusófonos

Com a reforma proposta na CE, esta placa estaria correta
Com a reforma proposta na CE, esta placa estaria correta (Reprodução/Internet )
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal está estudando uma proposta que, se aceita, fará seu próprio nome ser escrito assim: “Comisão de Educasão, Cultura e Esporte”.
Em outras palavras, o conjunto de gírias denominado “tiopês”, que floresceu entre certas comunidades da (agora extinta) rede social Orkut, era vanguardista, ao que tudo indica.
A proposta, de autoria do professor Ernani Pimentel, visa uma nova reforma ortográfica na língua portuguesa que facilite o ensino de ortografia dentro dos países lusófonos.
As principais mudanças trariam muito da oralidade à maneira como escrevemos em português: palavras também passariam e ser escritas tal como são ditas, ou seja, os casos em que as letras "x" e o "s" são lidas com som de "z" passariam a empregar o "z" mesmo (como na placa que ilustra esta matéria).
Também está previsto o descarte da letra “h” antes das palavras ("história" viraria "istória") e o da letra “u” depois de “g” e “q” e antes de “e” e “i” (a palavra "guirlanda" viraria "girlanda"). 
Além disso, propõe-se o fim do “ç”, do “ss”, do “sc” e do “xc”, que seriam substituídos pela letra “s”, do “ch”, que seria substituído pela letra “x”, e o completo abandono do hífen, para alegria de quem ainda não se acostumou com suas peculiaridades pós-última reforma.
O objetivo da proposta é reduzir as horas/aula necessárias para ensino da ortografia lusa, o que geraria uma economia com a educação no país. De acordo com Pimentel, o grupo de trabalho que desenvolve a proposta dentro da CE já visitou Portugal para falar das propostas e rumará para Angola e Moçambique em breve.
Os alarmistas têm, se nada mais, o tempo a seu favor: para entrar em vigência, a proposta tem que ser aprovada na CE, ir à Plenário, passar pela Câmara dos Deputados, receber sanção presidencial e ainda (ufa!) ser aprovada em outros países.
Em resumo, ainda que não fosse controverso, ela provavelmente demoraria vários anos até se tornar uma realidade -- vale lembrar que última reforma datava de 1990 e demorou longos 19 anos para entrar em vigência no Brasil.
Se você quiser sugerir mudanças que simplifiquem nosso idioma, pode fazê-lo através do site Simplificando a Ortografia. Lá, os membros do grupo de trabalho tiram dúvidas sobre as propostas, recebem sugestões, e recolhem assinaturas em um abaixo-assinado de apoio ao projeto. Até o fechamento desta matéria, o site já tinha mais de 35 mil assinaturas.

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