(portal Acrítica)
A chapa alegou que seus openentes pressionaram os eleitores, ficando na porta e nas dependências do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CRM-AM), de forma a manipular seus votos
A
Chapa 2, que concorre na eleição que decidirá o representante do
Amazonas no colegiado do Conselho Federal de Medicina (CFM) no
quinquênio 2015-2019, pediu a anulação do pleito na noite desta
segunda-feira (25), alegando a prática de boca de urna por parte de
partidários da Chapa 1, que é situação.
A
Chapa encabeçada por Nelson Fraji, atual diretor do Hemoam, como
representante do Amazonas no CFM, entendeu que a Chapa 1, de Júlio Cruz e
Ademir Filho, diretor-técnico da FCecon, pressionou os eleitores,
ficando na porta e nas dependências do Conselho Regional de Medicina do
Estado do Amazonas (CRM-AM), de forma a manipular seus votos.
“Tínhamos
acordado que a abordagem aos eleitores não aconteceria no prédio do
CRM, nem na praça que temos à frente dele, mas nossos opositores não
cumpriram com o combinado e usaram o fato de ser situação para
pressionar os médicos”, contou o Antônio Pádua, que compõe a Chapa 1
como suplente de Nelson.
Segundo
ele, o pedido de anulação veio na insistência dos adversários em manter
as práticas inadequadas. “Nossa eleição é regida pela Resolução CFM
2.024/13, que é rigorosíssima e segue os preceitos da Lei da Ficha
Limpa, por exemplo. À tarde, pedimos à comissão eleitoral que
notificasse a Chapa 1 para que parasse de pressionar o eleitorado mas
não houve mudança, então pedimos a anulação do pleito”, explicou
Antônio.
Segundo
o médico, dos 4.300 profissionais atuantes do estado, 700 já votaram. A
priori, a votação continua nesta terça-feira (26), das 8h às 20h, na
sede do CRM-AM, mas a comissão eleitoral se reunirá às 8h30 deste dia
para decidir se acata ou não o pedido da Chapa 2. Nossa reportagem não
conseguiu contato com os membros da outra chapa para saber seu
posicionamento na questão.
Importância
Para
Antônio, a eleição é importante pois escolhe o colegiado que decide
sobre a atuação médica no país. “Ao todo, 27 delegados decidem a prática
de mais de 400 mil médicos que exercem a atividade no país e a escolha
dos representantes estaduais é importante pois todos têm o mesmo peso.
Apesar da discrepância do número de médicos, o Amazonas tem o mesmo
número de membros do colegiado que São Paulo, isto é, um só”, detalhou o
candidato a suplente.
O
CFM, na visão dele, tem uma voz política forte e única dentre os
profissionais da saúde. “Temos a força para requerer e publicar uma
pesquisa, como a feita pelo Datafolha e divulgada na semana passada, que
diz que 92% da população brasileira está insatisfeita com a saúde no
país. Outra, do mês passado, concluiu que o Amazonas gasta R$ 1,57 por dia em saúde,
o que é um absurdo. O CFM é o órgão que tem como falar que o estado
atual da saúde não vem da falta de médicos, como se falou na época do
lançamento do Programa Mais Médicos, mas sim de investimentos. Em suma, o
governo culpa os médicos para mascarar o desinvestimento no setor”.
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