(portal Acrítica)
Partidos da coligação ‘Unidos pelo Brasil’ ficaram irritados por não terem sido ouvidos sobre a definição da chapa de Marina e Beto Albuquerque
Ex-senadora Marina Silva aparece em pesquisa Datafolha na segunda
colocação na corrida presidencial antes de fazer campanha
A
atitude unilateral da cúpula nacional do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) em decidir os nomes de Marina Silva e Beto Albuquerque –
candidatos a presidente e vice-presidente, respectivamente – pela coligação “Unidos pelo Brasil”, causou desconforto entre as lideranças de partidos como PRP, PPL e PSL.
A
queixa, ouvida nesta quarta-feira (20), quando se esperava o anúncio da
candidatura puro-sangue do PSB, foi que as demais legendas não foram
sondadas, ouvidas e que nem houve debate sobre a escolha dos dois
candidatos. Somente o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP),
esteve na sede do PSB, mas não chegou a participar da reunião dos
caciques socialistas. O ex-candidato a presidente da República em 1989
era um dos nomes cogitados a ser vice na chapa de Marina Silva.
O
PPS, no entanto, emitiu nota apoiando o grupo. O partido classifica
como natural a sucessão com Marina e disse estar em “sintonia” com a
escolha do vice. “Ele é garantia de que não apenas o legado de Eduardo
Campos, mas também os compromissos que assumira com partidos e aliados
e, sobretudo, com a sociedade brasileira serão mantidos, pois, são
fundamentais para a vitória de nossa coligação”, diz trecho da nota.
O
documento também exalta a importância de se cumprir o compromisso de
Eduardo na proposta de mudança para o País. “Temos a certeza de que a
chapa Marina Silva e Beto Albuquerque honrará o compromisso de Eduardo
de não desistir do Brasil, mantendo acesa a chama da mudança”, diz a
nota do PPS.
Mas,
o que parecia ser um evento festivo, demonstrando a coesão da coligação
“Unidos pelo Brasil”, transformou-se em um imbróglio político para o
PSB. Não fosse o descontentamento dos líderes de três os cinco partidos
da aliança (PRP, PPL e PSL), a ex-senadora Marina Silva também não
engoliu a história de assinar documento-relatório para cumprir todos os
compromissos de campanha firmado pelo ex-governador (falecido) Eduardo
Campos.
A
pré-candidata a presidente impôs sua vontade e indicou dois homens de
sua confiança a áreas estratégicas: Walter Feldman será o
coordenador-executivo da campanha ao lado do secretário-geral do PSB,
Carlos Siqueira; e Balizeu Margarido assume o posto na coordenação
financeira junto a Henrique Cerqueira, amigo próximo de Eduardo Campos.
PSB do AM manifesta apoio à chapa
Presentes
ontem ao evento que anunciaria a chapa Marina Silva-Beto Albuquerque, o
presidente estadual do PSB, vereador Marcelo Serafim – candidato ao
Senado pelo partido, os candidatos a governador e a vice – Marcelo Ramos
e Júnior Brasil – ratificaram o apoio à chapa para disputar a
Presidência da República.
“O
Diretório do PSB no Amazonas foi o primeiro a manifestar o desejo de
ter a ex-senadora Marina Silva e o deputado Beto Albuquerque porque
consideramos a dupla ideal para dar continuidade ao projeto de Eduardo
Campos, pois será com essa chapa que chegaremos à vitória nas eleições
deste ano”, disse Marcelo Serafim.
Entusiasta
da candidatura de Marina, Marcelo Ramos não acredita em empecilhos que
possam desfazer a chapa presidencial do PSB e que a Rede (mesmo não
tendo registro no TSE) está presente física, institucional e
organicamente desde o primeiro momento que o projeto político foi
pensado no Amazonas.
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