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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Semed participa do Seminário Educação do Campo na Amazônia



(site prefeitura de Manaus)

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A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), apresentou as práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas ribeirinhas e da educação indígena da rede municipal durante o seminário ‘Educação do Campo na Amazônia: Realidade, Utopia e Fazimentos’. O evento, iniciado nesta quinta-feira, 21, segue até o dia 23 e é realizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef).

O seminário promove discussões e reflexões sobre a educação do campo, além da apresentação de projetos exitosos sobre o tema. A assessora de Educação para Questões do Campo da Semed, Valdileia Pereira, explicou que as práticas da Semed para o campo já estão de acordo com as diretrizes do Plano Nacional da Educação (PNE).

“É uma oportunidade de a Semed apresentar o que estamos realizando e mostrar que nos adiantamos ao Plano Nacional da Educação e já temos atividades e ações nas escolas que respondem ao que o PNE está solicitando”, disse, citando como exemplo a educação itinerante de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental para alunos do campo e também possibilidade de trabalhar com educação com mídias. De acordo com Valdileia, antes, a educação de 6º ao 9º no campo era ineficiente, agora as ações atendem melhor esses alunos.

“Nós vamos receber muita informação também. Creio que a secretaria tem a oportunidade de se juntar aos parceiros interessados nas questões da educação do campo, como a Seduc e a FAS, fortalecendo esse laço de união com vistas na melhora do trabalho na escola”, declarou Valdileia.

A subsecretária de Gestão Educação da Semed, professora Ana Falcão, participou da abertura do seminário. Ela lembrou que a secretaria atende, atualmente, 12.966 alunos em 88 escolas localizadas no campo e comemorou a realização do evento.

“Esse momento é muito propício para, juntos, procurarmos alternativas para resolver os desafios que são impostos à educação do campo no dia a dia. Eu tenho certeza que esse seminário vai gerar reflexão e de grandes ideias para assegurar o direito de aprender das crianças”, declarou.

Trocas de experiências
A chefe da DDZ Rural, Edilene Pinheiro, acredita que os seminário será proveitoso pela oportunidade de os participantes trocarem experiências dos trabalhos desenvolvidos.

“Aqui vamos falar de educação do campo no aspecto estadual, onde os municípios vão apresentar como estão atuando. A troca de experiência é fundamental. Vamos conversar também sobre escola indígena. O evento é importante para debater essa especificidade da educação do campo”, afirmou.

Sheila Nunes é doutora em antropologia e é responsável por assessorar a DDZ Rural, na questão da diversidade cultural e educação escolar indígena. Ela avaliou o evento como um banquete intelectual, que leva o professor a organizar pensamentos e refletir melhorias no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes do campo.

“Onde as nossas escolas estão localizadas, muitas vezes, são ambientes que tem conflitos, no que diz respeito à etnicidade e isso precisa ser respeitado. Algumas vezes o próprio professor chega nesse ambiente e não sabe lidar com isso, como compartilhar conhecimento com esses alunos. Eu acho que o seminário é importante e deve ser feito mais vezes, porque é o momento que o profissional senta e organiza seus pensamentos de uma forma cientifica. Isso é ciência. Isso é educação, e ajuda a melhorar o ensino”, observou.

TEXTO: THIAGO BOTELHO
FOTOS: CLEOMR SANTOS

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