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sábado, 9 de agosto de 2014

População se une para pedir a proteção do Lago do Tarumã



(portal Acrítica)

Comitê da Bacia Hidrográfica do Puraquequara será lançado neste sábado (9) e tem a missão de discutir o uso e a proteção do recurso, que fica na zona rural de Manaus

População ribeirinha no Lago do Puraquequara, zona rural de Manaus
População ribeirinha no Lago do Puraquequara, zona rural de Manaus (Luiz Vasconcelos)
A comunidade do Puraquequara, Zona Leste, se reúne neste sábado (9) na Escola Estadual Irmã Gabriele Cogeles para instalar o Comitê da Bacia Hidrográfica do Puraquequara (CBHP). A entidade tem o objetivo de garantir a participação popular nas decisões que envolvem a ocupação de espaços naturais da bacia, que abriga lagos, várias nascentes de igarapés e um dos pontos turísticos mais famosos do Amazonas: o Encontro das Águas. 
A principal preocupação dos moradores é evitar que ocorra no Puraquequara a poluição que atingiu a maioria dos igarapés das demais zonas de Manaus. 
A instalação do comitê será feita durante um seminário com moradores do bairro, representantes da sociedade civil e da Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH). O seminário será realizado de 8h às 18h no colégio que fica na rua Barroso do bairro, sem número. Durante o evento será realizada a eleição para escolha da primeira diretoria do Comitê.
A estudante de Pedagogia e alfabetizadora popular, Teresa Maia, 44, afirmou que o mais importante é que o comitê não fique apenas no papel. Ela afirmou que a Associação de Moradores do Puraquequara, da qual é membro, vai atuar na defesa da ampla participação do comitê nas decisões que atinjam a bacia hidrográfica do local. “Aqui, infelizmente, já há sinais de poluição. Mas não a ponto de representar riscos à saúde. Os moradores usam o lago sem riscos para tomar banho, para pescar. O Puraquequara é muito lindo”, declarou.
A dona de casa e moradora do bairro Vilma Ferreira, 37, disse que considera importante a instalação do comitê para preservação do Lago do Puraquequara. “Temos que evitar que a poluição tome conta. Senão vão acabar com o nosso jaraqui”, afirmou revelando que muitos moradores do bairro pescam peixes no lago para alimentação.
O produtor rural Érico Cabral, 41, atravessa o rio do Careiro da Várzea para o Puraquequara quase toda semana. Ontem, ele estava no bairro em busca de atendimento odontológico. “Antes não tinha. Mas agora já vemos sinais de poluição. Às vezes vem até desses flutuantes. Acho que o comitê que ouça a população é importante mesmo”, disse.

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