(portal Acrítica)
O projeto do prefeito de Manaus com a Confederação Andina de Fomento (CAF) chegou nesta terça-feira (12), à CMM, um dia depois que ele anunciou um corte de R$ 300 milhões nas despesas do município por falta de dinheiro
Prefeito Artur Neto reuniu o seu secretariado, na segunda-feira,
para anunciar corte de R$ 300 milhões nas despesas do município por
conta de rombo no orçamento
Um
dia após anunciar o corte de R$ 300 milhões nas despesas do município
por falta de dinheiro, o prefeito Artur Neto (PSDB) pediu autorização da
Câmara Municipal de Manaus (CMM) para firmar um empréstimo de US$ 100
milhões (R$ 227,4 milhões) com a Confederação Andina de Fomento (CAF).
O
projeto do Executivo Municipal chegou ontem à CMM e, de acordo com o
líder do prefeito, vereador Wilker Barreto (PHS), entra na pauta de
votação hoje em regime de urgência. Segundo o parlamentar, os recursos
que a prefeitura quer levantar na CAF serão investidos em obras de
infraestrutura.
“Esse
empréstimo será investido em obras de mobilidade urbana e de
desenvolvimento da cidade. É sabedor que o que foi prometido a Manaus
pelo Governo Federal para mobilidade urbana não foi repassado sequer R$
1. Manaus precisa de um aporte robusto de recursos e o prefeito recorre à
CAF a título de empréstimo para poder investir na mobilidade urbana no
município de Manaus”, disse o vereador.
No
dia 9 de junho, o representante da CAF e presidente do Banco de
Desenvolvimento da América Latina, Victor Rico, esteve em Manaus e se
reuniu com o prefeito Artur Neto, no Palácio Rio Branco, no Centro, para
discutir o financiamento de US$ 100 milhões. Na época, Artur Neto
elogiou a CAF como “rápida, competente e independente, e capaz de dar
respostas ágeis”. “Todos os viadutos que construímos na cidade e a
segunda etapa do Complexo Turístico Ponta Negra foram financiados pela
CAF. Nós queremos sempre honrar a confiança que depositam em nós e não
vai ser diferente com o novo empréstimo que solicitamos”, afirmou o
prefeito em junho.
Na
segunda-feira, Artur Neto, associou a necessidade do corte de R$ 300
milhões do orçamento em decorrência do rombo que se abriu nas contas
municipais quando os R$ 145 milhões prometidos pela presidente Dilma
Rousseff (PT) para implantar corredores viários na capital amazonense
não foram repassados.
O
argumento de que Dilma cortou os repasses para Manaus tem sido usado
por Artur para turbinar o pedido de votos para o candidato tucano à
presidência da República, Aécio Neves. No sábado, o senador do PSDB
esteve em Manaus e, dentre outros pontos, disse que “o norte é carente
de obras de infraestrutura”.
O
secretário municipal de Finanças (Semef), Ulisses Tapajós, ontem, em
entrevista ao A CRÍTICA, falou sobre a operação de crédito. “Esse
empréstimo só está sendo feito por conta de não termos recebido nenhum
centavo do que foi prometido pela Dilma (Rousseff) ao município de
Manaus”, explicou.
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