(portal Acrítica)
Financiadas
com US$ 50 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), as
obras de construção estão previstas para iniciarem em 2015. O
empréstimo deve começar a ser pago em 2020
Centros vão abrigar 200 alunos por turno e terão todos os
equipamentos necessários para assegurar uma educação de qualidade às
crianças
A
educação pública das escolas mantidas pela rede municipal deve passar
por uma revolução na infraestrutura e na área pedagógica em três anos. A
promessa audaciosa é do secretário municipal de Educação, Humberto
Michiles (PSDB), que assumiu a pasta há seis meses. Michiles comandou,
no primeiro ano da gestão Artur Neto (PSDB) na Prefeitura Municipal de
Manaus (PMM), a Secretaria de Governo.
O
“carro-chefe” da mudança é a construção de 13 complexos conjugados de
centros educacionais para ensino fundamental, educação infantil e
creches, que devem ser construídos a partir de empréstimos de US$ 50
milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid). O empréstimo,
que caminha para a fase final de aprovação, só deve começar a ser pago
pela PMM em 2020 - quatro anos após a terminar atual gestão Artur Neto.
Ou seja, caso Artur se reeleja em 2018, o pagamento da conta será feito
pelo prefeito que assumir na sequência.
De
acordo com o secretário Michiles, o Projeto de Expansão e Melhoria
Educacional da Rede Publica de Ensino Municipal de Manaus (Proeme), vai
ajudar acompanhar a evolução dos alunos e promover ações para um melhor
aproveitamento dos estudantes da rede municipal. Além disso, irá
promover uma maior integração do estudante com o ambiente escolar. “A
estrutura será adequada para a nossa realidade regional”, declarou.
Ele
afirmou que haverá áreas de convívio coletivo que farão da escola uma
ambiente mais acolhedor para o estudante. As salas de aulas serão
projetadas também para um melhor aproveitamento do aprendizado e não
apenas como depósitos de estudantes. Outra vantagem dos complexos,
destacada pelo secretário, é facilitar a vida de mães e pais com filhos
na rede municipal. Isso porque reunirá num só endereço estudantes desde a
creche até o ensino fundamental “O que temos hoje é que pais precisam
se deslocar muito de um lado para o outro para deixar e buscar os filhos
na escola”, afirmou.
Segundo
a engenheira responsável pelo projeto de infraestrutura do Proeme,
Joyce Santos da Rocha, o centro que abrigará a formação de estudantes no
ensino fundamental terá salas com capacidade de abrigar 35 alunos,
cada. A ideia é que por turno cada centro sirva para 420 estudantes do
ensino fundamental. Cada sala terá um espaço de 47 m2.
O centro de educação infantil será construído para abrigar 200 alunos por turno. Em cada sala de 36 m2 haverá 20 alunos.
Segundo
a engenheira, o projeto terá janelas mais amplas e telhas metálicas
para facilitar a ventilação nas salas. Atualmente, as salas de aulas em
prédios próprios da Semed são em espaços de 6 por 8 metros. “As salas
serão retangulares, com melhor iluminação e ventilação. Caso ocorra
alguma suspensão do fornecimento de energia as janelas propiciarão
iluminação e ventilação para as salas”, declarou Joyce Santos.
O
complexo conta ainda com área de lazer como playground, o ginásio de
esporte, auditório, biblioteca, sala de reforço escolar e refeitório.
Nas escolas, mesmo em prédios próprios da Semed, áreas para biblioteca e
refeitório, por exemplo, são salas que sofrem ajustes para oferecer
esse serviço aos estudantes. Nas unidades que funcionam em prédios
alugados, quase metade, o improviso é ainda maior. A começar pelos
espaços que servem de sala de aula.
Obras devem ser iniciadas em 2015
A
expectativa do secretário da Semed, Humberto Michiles, é que até
novembro o processo de autorização do empréstimo seja concluído e que em
janeiro de 2015 as obras iniciem. Ele prevê que em três anos os 13
complexos comecem a funcionar.
Michiles
explicou que o projeto já foi aprovado no Ministério do Planejamento e
também administrativamente pelo Bid. Dentro do banco, é preciso vencer
mais uma etapa que é a aprovação por um conselho político. Em seguida, o
projeto ainda terá que passar pelo crivo da Secretaria do Tesouro
Nacional e do Senado Federal. “Até novembro esses processos devem ser
encerrados”, declarou.
O
titular da Semed afirmou que o dinheiro do empréstimo será liberado
conforme a obra for sendo realizada. Ele explica que os recursos das
fases seguintes devem ser liberados mediante medição de uma comissão do
Bid. O secretário considera que essa metodologia dará à obra maior
segurança de que de controle de aplicação correta do dinheiro público.
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