(portal Acrítica)
De
acordo com o vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, a
proposta visa acabar com o lucro dos empresários e forçar os clubes
brasileiros a investirem mais na base
A
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai propor uma na mudança que
está sendo redigida na emenda das dívidas dos clubes. Aproveitando o
adiamento da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a entidade vai
tentar mudar a estrutura do futebol brasileiro. Para isso, os cartolas
da CBF vão fazer um pedido de alteração na Lei Pelé, que foi aprovada em
1998, mas só entrou em vigor em 2001.
Segundo
a organizadora do futebol do País, a proposta tem como principal
objetivo tirar o poder dos empresários e fortalecer o vínculo do jogador
com os clubes. Fazendo com que os times voltem a lucrar com a venda de
seus atletas e os force a investir nas divisões de base.
De
acordo com o vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, e também
deputado Vicente Cândido, a proposta deve ser levada para a Câmara dos
Deputados depois das eleições.
“A
CBF quer acabar com o poder dos empresários. É isso que tem atrapalhado
a formação dos jogadores, que tem que ser a base do futebol brasileiro.
A gente não forma mais e quando forma o clube vende e não ganha nada
com isso. Não é certo. Isso precisa ser mudado urgentemente", afirmou o
deputado, que também é sócio de Marco Polo Del Nero (presidente da
federação paulista) à reportagem da ESPN, em Brasília.
"A
proposta está sendo redigida e vai entrar nas propostas de emendas para
a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além de outras coisas que já estão
acertadas que vão entrar, coisas que faltavam, vai entrar isso. É o que a
CBF quer e ninguém ainda no Congresso se manifestou contra isso. A
proposta é para que o passe volte a existir e de que o passe seja
inteiramente do clube. Assim, os empresários perderão a força",
completou o cartola paulista.

O
secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento
achou melhor esperar a aprovação do projeto que visa a questão do
refinanciamento das dívidas dos clubes. Posteriormente a discussão sobre
os empresário seria posta em pauta na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Um jogador, vários donos
Anteriormente,
os empresários atuavam apenas como agentes das transferências, mas não
eram donos do que hoje é chamado de direito econômico dos jogadores. Os
clubes detêm os diretos federativos dos atletas, justamente o contrato
com as agremiações. Sendo assim, os tais agentes, lucravam com a
intermediação de um time para o outro, porém não embolsavam nenhum
dinheiro do valor da compra e venda.
Totalmente
endividados, os clubes atualmente negociam partes dos direitos
federativos de seus jogadores. Geralmente fazem esse tipo de negociação
com grupos de investidores para arrecadar recursos para pagar salários
dos próprios atletas, assim como impostos e outras despesas dos clubes.
Por
conta desse tipo de acordo, quando um atleta é vendido para o exterior,
por exemplo, várias partes envolvidas no negócio acabam abocanhando
certa quantia pela venda de um único jogador. E, em outros casos, existe
o entrave e a negociação acaba não indo adiante.

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