(portal D24am)
Valores se referem ao primeiro mês de campanha e foram declarados ao TSE, com a identificação dos doadores e dos pagamentos de serviços
Os dados fazem parte da primeira parcial da prestação de contas disponibilizada, ontem, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a legislação eleitoral, a primeira parcial da prestação de contas deve ser entregue à Justiça Eleitoral, de 28 de julho a 2 de agosto. Os dados são disponibilizados para consulta pública.
Na prestação de contas, os candidatos devem informar os recursos arrecadados para o financiamento da campanha e os gastos realizados, até o momento, com a descriminação dos doadores e fornecedores.
Dos sete candidatos ao governo do Estado, o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) foi quem informou o maior volume de arrecadação de recursos no primeiro mês de campanha. Ele informou à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 153 mil. Deste valor, R$ 130 mil foram doados por ele mesmo.
Do total arrecadado, Marcelo Ramos informou ter gasto R$ 152 mil, sendo, entre outros, R$ 64,6 mil com publicidade, R$ 60 mil com a produção dos programas de rádio e televisão para a campanha eleitoral e R$ 15 mil com locação de imóveis.
O senador Eduardo Braga (PMDB) informou à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 100 mil. O recurso foi doado pela empresa Sat Bras Indústria Eletrônica da Amazônia Ltda., segundo as informações disponibilizadas pelo TSE.
No primeiro mês de campanha eleitoral, Braga disse ter gasto R$ 628, 4 mil. Deste valor, R$ 167,8 mil foram destinados ao pagamento de 503 colaboradores da campanha, R$ 306,2 mil foram gastos com publicidade, sendo R$ 75,4 mil à Grafisa - Gráfica e Editora Ltda., além de R$ 91 mil foram destinados à locação de veículos e R$ 36,2 pelo aluguel de imóveis.
O governador do Estado e candidato à reeleição, José Melo (PROS), também informou ter arrecadado R$ 100 mil. Segundo as informações prestadas ao TSE, o recurso foi doado pelas empresas Harpex Artefatos de Madeira Ltda. e PR Transportes de Cargas e Investimentos Imobiliários Ltda. Melo não declarou despesas no primeiro mês de campanha.
O deputado estadual Chico Preto (PMN) disse à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 39 mil doados por pessoa física. Deste valor, o deputado informou ter gasto R$ 38,3 mil na campanha. Chico Preto declarou gastos de R$ 25,9 mil com material publicitário, além de R$ 3 mil com a produção de jingles e R$ 412 com a produção de eventos para promoção da campanha eleitoral.
Abel Alves (PSOL), Herbert Amazonas (PSTU) e Luiz Navarro (PCB) informaram não ter arrecadado ou gasto recursos no primeiro mês de campanha eleitoral.
Senado
Dos seis candidatos à vaga do Amazonas no Senado, quem declarou maior volume de recursos arrecadados, segundo os dados do TSE, foi o ex-governador do Estado Omar Aziz (PSD).
À Justiça Eleitoral, Omar declarou ter arrecadado R$ 50 mil e não ter tido despesas ao longo do primeiro mês da campanha. Deste total, R$ 16,6 mil foram doados pela empresa N. J. Barroso de Souza, R$ 15,5 mil foram doados por Ney Jefferson Barroso de Souza, além de R$ 11,6 mil doados pelo Motel Free Serviços Hoteleiros Ltda. e R$ 6,2 mil dados por Barroso e Reis Ltda.
O deputado federal Francisco Praciano (PT) disse ter arrecadado R$ 1,9 mil doados por pessoas físicas e declarou gastos de R$ 18,6 mil. Entre as despesas, estão R$ 17,6 mil com publicidade para a campanha, sendo R$ 13,7 mil destinados à Grafisa - Gráfica e Editora Ltda.
O vereador Marcelo Serafim (PSB) disse à Justiça Eleitoral não ter arrecadado recursos. Mas, informou ter gastos R$ 14,4 mil com combustíveis e material gráfico. Do total gasto, R$ 13,7 mil foram destinados por Marcelo Serafim à E.M Gráfica e Papelaria Ltda.
De acordo com a Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e a Resolução 23.406 do TSE, os candidatos têm de entregar a segunda parcial da prestação de contas, de 28 de agosto a 2 de setembro, e a prestação de contas final até o dia 4 de novembro, 30 dias após as eleições.
Segundo a legislação, a ausência de prestação de contas parcial caracteriza grave omissão de informação.
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