(portal D24am)
Velhice custa até R$ 144 mil por ano e filhos devem começar a poupar
Em pouco mais de 15 anos, a participação dos idosos na população brasileira será quase igual à dos jovens, segundo o IBGE. As informações são do jornal O Dia.
O estudo levou em consideração as despesas com um idoso que necessite de atenção 24 horas por dia, como a contratação de cuidadores. O valor total chega até R$ 144 mil ao ano. Para comparação, um carro Audi A3, modelo 2014, custa cerca de R$ 120 mil.
No Brasil, o benefício mínimo de um aposentado é de R$ 722,90 por mês, o que não dá condições de arcar com os vários gastos decorrentes da velhice, como medicamentos. Até quem recebe o teto (R$ 4.396) pode ter dificuldades e precisar recorrer ao SUS.
Em um levantamento feito com ajuda do geriatra Clineu Almada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e de empresas especializadas em idosos, só os medicamentos já assustam.
Numa rede de farmácias, o ticket médio de gasto com remédios sai por R$ 105,63, sendo 75% dos clientes idosos. Ou seja, por ano, um idoso é levado a gastar mais de R$ 1.200 em medicamentos.
Já os exames de rotina — de sangue e de imagem, feitos anualmente — em um laboratório particular sairiam por cerca de R$ 3.871, segundo dados do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica. Isso sem contar a consulta ao geriatra, que, em centros urbanos, pode variar de R$ 400 a R$ 1 mil por encontro, de acordo com Almada.
Se preferir investir em plano de saúde, a família também pode enfrentar dificuldades: o plano médio para maiores de 59 anos, por exemplo, que dá direito a quarto privativo em internação, custa R$ 3.685,55 por pessoa em contratos individuais, e R$ 2.579 para os familiares.
O educador financeiro do instituto Dsop, Reinaldo Domingos, ressalta a importância de os filhos começarem a pensar, o quanto antes, se vão precisar e como poderão ajudar seus pais quando estes envelhecerem.
Segundo o especialista, menos de 1% dos aposentados pelo INSS são independentes financeiramente e, quando não, contam com o auxílio de familiares — a maioria — ou não conseguem deixar de trabalhar.
Para os filhos que desejam se preparar para ajudar seus pais quando estes chegarem à velhice, o educador recomenda que comecem a analisar como estão suas reservas e como o orçamento pode render mais.
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