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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Manaus Ambiental deve R$ 15 milhões em multas por falta de água e contas altas



(portal D24am)

Valor é referente ao período de dez anos e consta em relatório da Arsam entregue a Prefeitura
segunda-feira 4 de agosto de 2014 - 7:40 AM
Thiago Freire / portal@d24am.com
Entre  2009 e 2013 a Arsam recebeu mais de duas mil reclamações referentes a falta de água em Manaus. Foto: Eraldo Lopes
Manaus - A Manaus Ambiental deve R$ 15 milhões em multas  aos cofres públicos municipais por irregularidades  no abastecimento de água, em Manaus. Foram 102 recomendações  entre os anos de 2003 e 2013, segundo relatório da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), entregue à Procuradoria Geral do Município (PGM), em abril.
No período de um ano, conforme o coordenador da Unidade Gestora da Prefeitura de Manaus (UGP Água), Sérgio Elias, a Prefeitura de Manaus deixou de aplicar R$ 263,7 mil em multas.  Segundo ele, desde julho de 2013,  as recomendações vêm passando por “avaliações rigorosas” e ainda não foram acatadas.
Segundo o relatório da Arsam, o órgão recebeu, de 2009 a 2013, 7.348 reclamações, das quais 4.240 referem-se ao alto valor da conta e 2.002 são sobre falta de água. Neste ano, foram realizadas 30 notificações à Manaus Ambiental, sem indicação de multa.
O procurador-geral do município, Marcos Cavalcanti, afirmou, em nota, que o relatório da Arsam foi repassado  para a UGP Água, reforçando as recomendações. Disse, também, que outras multas já foram aplicadas pela Prefeitura na concessionária, porém, não soube informar a quantidade, nem valores.
Segundo Sérgio Elias, atualmente, todas as recomendações estão em análise no departamento jurídico da UGP Água. O trabalho foi interrompido por conta do acidente do dia 23 de junho na plataforma de captação do Programa Água para Manaus (Proama), que suspendeu o abastecimento nas zonas norte e leste. 
“No início deste mês, as análises devem ser retomadas e, em seguida, encaminhadas para avaliação do prefeito. Elias frisou que é do prefeito a decisão final sobre a aplicação da multa”, informou.
Ele  afirmou, ainda, que o trabalho de análise é lento porque as recomendações da Arsam devem ser cruzadas com as cláusulas do contrato celebrado entre a Manaus Ambiental e a Prefeitura.
A Manaus Ambiental informou, em nota, que ingressou com ação anulatória dos autos de infração junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e, em caráter liminar, suspendeu a axigência das multas aplicadas pela Arsam e aguarda decisão do mérito.

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