(portal Acrítica)
É o que dizem membros do PSB e Rede no Amazonas, para quem a escolha da ex-senadora para substituta de Eduardo Campo foi natural
Em 2013, Marina Silva tentou viabilizar um partido para disputar a
Presidência; com o registro negado, aliou-se ao PSB, de Eduardo Campos,
aceitando ser vice na chapa PSB/Rede. Com a morte de Campos, a
ex-senadora retoma o projeto de chegar ao Planalto
Membros
do PSB e da Rede Sustentabilidade no Amazonas, afirmam que a
candidatura de Marina Silva à Presidência da República é natural e que,
apesar de ressalvas com relação a algumas alianças, a ex-senadora vai
honrar os compromissos firmados por Eduardo Campos, morto em um acidente
aéreo no dia 13.
Para
o candidato ao Governo do Amazonas, deputado Marcelo Ramos (PSB), assim
como a candidatura de Eduardo Campos, a de Marina não é um projeto
pessoal. “A aliança firmada entre Campos e Marina foi programática. O
programa e o desejo de mudar o País estavam acima do que a pessoa dos
dois representavam”, declarou Ramos.
Porta
voz da Rede Sustentabilidade no Amazonas, Luciana Valente disse que o
programa construído com o PSB é consistente, e que a candidatura de
Marina Silva dá esperança aos militantes da Rede.
“A
Marina sendo a candidata a presidente, agora, reforça que a luta
continua, que a gente continua acreditando. A gente vê com muita
esperança essa candidatura”, declarou Luciana.
À
espera apenas do anúncio formal para que seja oficializada como
candidata do PSB à Presidência - o que deve ocorrer na quarta-feira,
Marina Silva desembarcou no sábado, em Recife (PE), para o sepultamento
de Eduardo Campos, dizendo que a perda do aliado impõe a ela uma
“responsabilidade” e um “compromisso”.
Segundo
Luciana Valente, quando Marina fala em “senso de responsabilidade e
compromisso”, fala de não deixar de cumprir as alianças que Campos
fechou em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que não agradam
membros da Rede.
“Quando
ela diz isso, é porque surgiram algumas dúvidas (com relação ao
posicionamento de Marina), como as alianças em São Paulo e no Rio de
Janeiro, que a Rede não participou ou não fez. Mas a candidatura da
Marina não é personalista, é política. Marina vai dialogar. E os acordos
pré-estabelecidos serão mantidos”, disse Luciana.
Marina
já tachou de “equívoco” o apoio do diretório do PSB paulista ao projeto
político do PSDB, que tenta reeleger Geraldo Alckmin. O vice na chapa
do tucano é Marcio França, presidente do PSB no Estado.
No
Rio de Janeiro, o PSB indicou o nome de Romário como candidato ao
Senado, na chapa do petista Lindberg Farias (PT), candidato ao governo
no Estado.
O
presidente de honra do PSB no Amazonas e ex-prefeito de Manaus, Serafim
Correa, afirmou que a indicação de Marina para substituir Campos é
natural e o agrada. “Se o Eduardo escolheu Marina para sucedê-lo num
eventual impedimento definitivo dele em assumir o cargo, sendo eleito
presidente da República, se isso ocorreu ainda antes das eleições, é
natural que ela suceda o Eduardo nessa corrida”, afirmou Serafim.
O
ex-prefeito conta que antes de fechar aliança com Marina, no dia 4 de
outubro de 2013, Campos o chamou em Recife para saber o que ele pensava
da aproximação com a ex-senadora. “Eu tenho muito a ver com esse
projeto”, comentou Serafim.
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