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domingo, 3 de agosto de 2014

Mochileiras dividem dicas para fazer a viagem dos sonhos



(portal Acrítica)

Conheça histórias de Fabíola Abess, Naiara Arruda e Rosana Villar, que juntaram economias para a aventura dos sonhos. Leia e inspire-se!
domingo 3 de agosto de 2014 - 9:45 AM
Fabiane Morais / portal@d24am.com
As blogueiras Fabíola Abess e Naiara Arruda, do site ‘Mochilão das Amigas’, toparam abrir o diário de viagens. Foto: Eraldo Lopes
Manaus - Deixar de lado o luxo de ter um agente de viagens e um roteiro ‘pronto’, sem complicações. É o que fazem os ‘mochileiros’ (do inglês ‘backparckers’), que passam, na maioria da vezes, o ano economizando grana para chegar ao destino desejado.
As blogueiras Fabíola Abess e Naiara Arruda, do site ‘Mochilão das Amigas’, que compartilham suas experiências com os internautas, e a jornalista Rosana Villar toparam abrir o diário de viagens para contar as particularidades de cada local visitado e deixar dicas para evitar eventuais ‘perrengues’.
Pelo Brasil
“Viajar é muito bom. Ainda não ouvi falar em outro tipo de experiência que possa ser vivida com tanta plenitude”. A declaração é de Fabíola Abess, que já viajou por alguns lugares do Brasil por conta própria, fruto da disciplina com a contenção de custos.
Ela afirma que a primeira viagem realizada foi bancada pela faculdade e teve como destino um congresso estudantil, no município de Tabatinga, interior do Estado.
Ela foi de carona em um avião da Força Área Brasileira (FAB) e revelou que, ao chegar na cidade, ficou alojada em uma escola durante cinco dias, desembolsando incríveis R$ 100.
“Quando tinha que pegar um barco para Benjamin Constant, precisei negociar o preço. Na última noite, estava com R$1 no bolso”, relembra Fabiola.
“À medida que comecei a estagiar, fui conseguindo me organizar para fazer outras viagens. A pessoa que pensa em viajar sob baixo custo deve ficar atenta às baixas tarifas das empresas aéreas durante os feriados prolongados, ler blogs de turismo com dicas, verificar quais são os roteiros turísticos mais baratos, tentar economizar o máximo possível e gastar menos com o supérfluo, porque sobrará mais dinheiro para gastar na cidade de destino”, explicou.
Para a ‘mochileira’, vale até viagem solitária. “Não desista se você não tem companhia para viajar. Vá atrás do destino que você quer. Existem excursões e dá até para parcelar”, recomendou a jovem, que realizou a viagem dos sonhos em 2011, ao embarcar em um cruzeiro de quatro dias, com a boyband Backstreet Boys.
“Quem optar por se hospedar em albergues, deve atentar para as avaliações dos hóspedes. Cada site tem uma avaliação. É importante ler as opiniões de quem já ficou no local. Deve verificar, também, se é limpinho e seguro”, ressaltou a blogueira.
Apesar de ter um custo bem mais acessível que o hotel, o ‘hostel’, como é conhecido o albergue fora do Brasil, é ideal para quem não faz questão da privacidade. Isso por conta do fluxo de pessoas no quarto, seja acendendo e apagando a luz ou mesmo conversando ininterruptamente. Para ela, contudo, optar pelo albergue é uma opção do mochileiro.
Fabíola citou que possíveis contratempos devem servir de lição, mas o ideal é que não estraguem a viagem. Para ilustrar a dica, ela lembrou de uma viagem ao Rio de Janeiro na qual um dos viajantes foi assaltado.
“O Rio de Janeiro é muito versátil. Se você ficar com medo, vai se privar de conhecer um belo destino”, contou. Uma dica reforçada por ela são as promoções das companhias áreas, que trazem descontos de ida ou volta.
“Os blogs especializados em viagens também divulgam promoções. É bom ficar de olho nas sextas-feiras, porque os assentos acabam rápido facilmente”, explicou.
Europa à vista
Quem compartilha o mesmo ideal de Fabíola Abess é a amiga Naiara Arruda, que decidiu que, em 2012, viajar seria sua forma de aproveitar a vida. Audaciosa e supersticiosa, ela conta que já programa a sua segunda ida à Europa, mas não revela o destino para nada ‘dar errado’.
“Tenho essa superstição de não falar para ninguém sobre meu próximo destino. Me passa a impressão de que não dará certo. Só falo quando retorno da viagem”, explicou.
Cheia de planos, a jovem ‘mochileira’ descreve como é o cronograma para economizar dinheiro para a próxima partida.
“Evito gastar em amigo oculto, Natal, ir para baladas, gastar com bebidas e penso, muitas vezes, antes de comprar algo parcelado. Se decido comprar, tenho que ter a certeza de que a compra estará quitada antes da viagem, para ficar com o cartão de crédito livre para compras no exterior”, afirmou, ao explicar que tem muitos desejos consumistas, mas dá preferência a suas prioridades.
A ida, pela primeira vez, partiu de uma ideia simples: Naiara estava à procura de um curso de curta duração em inglês.
Como é obrigatório o Visto Americano para desembarcar nos Estados Unidos e ela, à época, havia pedido demissão do emprego, ficou receosa de ter o acesso ao país negado.
Para embarcar no sonho, ela economizou dinheiro durante dois anos, juntou com o valor da rescisão do antigo emprego e programou uma viagem à Europa durante quatro meses.
“Comecei a pesquisar em fevereiro. Em março, comprei a passagem. Foi uma aventura. Eu tive que fazer com que cerca de R$ 7 mil fossem suficientes para eu ficar na Europa durante 28 dias”, salientou.
E não é que deu certo? Mas tudo sem luxos e compras exageradas, claro. O roteiro que ela mesma programou incluía: encontrar um hostel com diária e café da manhã com valor entre 25 e 30 euros; e reservar 20 euros, por dia, para almoço, jantar e lanche.
“Dei uma segurada na grana, mas consegui experimentar muitos pratos da gastronomia europeia”, disse a jovem, que fez todos os procedimentos da viagem sem o auxílio de uma agência de viagens.
Ela ressalta que, ao optar por “correr atrás de tudo”, a pessoa deve estar ciente de que vai ter muito mais trabalho, que, em certos momentos, ficará “perdida”, e que existe uma chance maior de dar algo errado.
No entanto, ao solicitar o serviço de um agente, o viajante fica limitado ao que a empresa oferece. “Tenho uma amiga que vai gastar R$ 10 mil pela Europa. No meu planejamento, não pretendo gastar nem a metade disso”, afirmou a mochileira, que já está de olho em valores promocionais de passagens. Entre as próximas metas, estão viagens pela Europa a cada dois anos e, nesse intervalo, conhecer países da América do Sul.
Aventura no Monte Roraima
Também com o dinheiro contado e muita vontade de ‘mochilar’, na versão mais ‘trekking’ (com caminhadas e trilhas), a analista de Comunicação Rosana Villar optou em conhecer o Monte Roraima, em 2011.
Ela, que na época morava em São Paulo, começou a idealizar a viagem com dois anos de antecedência, mas a ida se tornou realidade quatro meses antes de pisar em solo roraimense.
“Meu negócio é destino de aventura. Antes da experiência em Roraima, já havia ido para o Pantanal, Chapada Diamantina e Pará. Sempre quis conhecer o Monte Roraima, mas, pesquisando, sempre achei muito caro”, explicou ao enfatizar que, antes de tudo, deve haver muita pesquisa.
Rosana confessa que para não ficar refém da internet, sempre procurava imprimir e colar mapas em um caderninho, assim como número de companhias  aéreas e táxis.
Para ela, um diferencial é chegar ao local sabendo o que vai fazer e onde irá ficar. Ela lista a internet e o site ‘Mochileiros.com’ como ferramentas indispensáveis para a programação de uma viagem de aventura.
“Na página, consegui muitas dicas e informações legais. Em um dos depoimentos, li que comprar o pacote para o Monte Roraima na Venezuela saía mais barato. No Brasil, ficaria por R$ 2,5 mil”, afirmou.
Para realizar o sonho, Rosana tinha R$ 2 mil. Desse montante, R$ 1,7 mil foram convertidos para moeda estrangeira e R$ 300 foram reservados para emergência.
Com o valor, ela conseguiu ficar em Roraima por oito dias, sendo que, em seis, pagou barraca, guia, carregador e alimentação para escalar o monte.
 Ainda com vontade de ‘mochilar’, depois da experiência inicial, ela pegou um ônibus rumo a Margarita e confessa que no fim da viagem já estava quase sem dinheiro.
De acordo com ela, um dos ‘pecados’ da viagem é não ter levado o cartão de crédito para emergência. “Eu já até sonhei que estava em um país estrangeiro e não tinha levado o cartão de crédito”, contou.
Passo a passo
Para chegar do acampamento-base até o ‘pé do Monte’ são necessários dois dias e o auxílio de um guia. No terceiro dia de caminhada, começa a subida. “A gente chega no topo, no final do dia, somente para dormir nas cavernas.
No dia seguinte, dá um passeio e, quem desejar chegar na Tríplice Fronteira, tem que passar o dia inteiro andando lá por cima”, revelou Rosana, ao explicar,  que apesar de ter se preparado por dois meses, com caminhada, ciclismo e corrida, ainda sentiu dificuldade física para a aventura.
“Na descida, a gente joga muito peso no joelho. Na metade do percurso, as pernas já estão bambas. Mas o local é incrível, uma coisa de louco. Ver toda aquela planície lá em baixo e observar que você andou aquilo tudo para estar ali, não tem preço. Passei um bom tempo comendo pão com queijo, mas compensou pelo momento da viagem”, salientou, ao reforçar que o Monte Roraima é o destino perfeito para quem é de Manaus e quer começar a ‘mochilar’.
“O importante é não ter vergonha. Quem deseja mochilar tem que comer no lugar que as pessoas comem, andar de ônibus, se jogar mesmo em outra cultura”.
Durante o período de escalada, Rosana relembra que comeu muito ‘arepa’ (bolinho de milho típico do local), que é consumido com frango assado, linguiça defumada, café com leite ou suco.
Entre as dicas, ela relata que é importante destrocar o dinheiro em moedas Bolívar ou Dolár, antes de chegar ao local, pois não há mais casas de câmbio que troquem por Real.
Realidade brasileira
Rosana admite que, infelizmente, é mais viável viajar para um destino exterior do que para locais do Brasil.
“Entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, dá para fazer uma viagem legal. Em geral, é caro viajar pelo Brasil. Às vezes, sai mais em conta ir para Argentina do que para Fortaleza”, confessou.
“Viajar abre a mente da gente. Abre nossa cabeça para entender muita coisa. Quando a gente fica naquele mundinho, na nossa ‘caixinha’, acabamos limitados. Não dá para falar de política internacional sem conhecer outros países. Eu aprendi muito viajando. Viajar é a mesma coisa que fazer uma faculdade. Não vale apena investir em conhecimento? Eu acho que vale. Prefiro ter um carro caindo aos pedaços, do que ficar presa em um lugar só”, incentivou a mochileira, que já viajou de carro para a Argentina e planeja conhecer os Estados Unidos ou a Colômbia, em 2015.
O Brasil, por Fabíola
Brasília - Para a estadia na capital do Brasil, Fabiola conta que levou um cartão de crédito para emergência e indica para os mochileiros que levem de R$ 300 a R$ 500 para se manter durante 5 dias;

Roraima - É uma cidade aconchegante e planejada. Um ótimo destino para turismo de natureza e com custo acessível;
Pernambuco -  Tem um carnaval fantástico e indescritível.  Ir à Praia de Boa Viagem é um destino imperdível. Na cidade, os preços são razoáveis, mas, nos municípios, os valores são abusivos. Visite o Centro Histórico;
São Paulo -  Para ir ao Planeta Terra Festival (2012), comprou um ingresso e as passagens com sete meses de antecedência e ficou hospedada em um hostel;
Rio de Janeiro - Fabiola explica, de antemão, que a  ‘Cidade Maravilhosa’ é um destino caro e que um prato feito custa, em média, R$ 20. “É bom levar entre R$ 500 a  R$ 1 mil reais e se hospedar na zona sul, porque é próximo de tudo e dá para ir a pé para os barzinhos, boates e praias. Circule com o básico, não ande sozinho, junte-se a amigos e vá de táxi. Não se aventure em um local que não conhece”.
Europa, por Naiara
Paris - Tem muita coisa para fazer. Paris é um sonho. É uma cidade apaixonante. Oferece muitas opções e dá para fazer muitas coisas a pé. O francês não é esse ‘bicho papão’. Na realidade, eles são bem educados e reservados;
Barcelona - Tem um custo de vida alto, principalmente a culinária. Barcelona é uma cidade de balada, para ir com amigos. As pessoas ficam na praia até a noite e tem ótima gastronomia.
Amsterdã - É uma cidade que tem custo de vida baixo e muita coisa para fazer. Tem cervejas maravilhosas e, em três dias, dá para fazer bastante coisa. Os museus são caros, mas a cidade encantadora.
Monte Roraima, por Rosana
•  Opte por comprar o pacote da excussão na Venezuela. O valor do combo no Brasil é cerca de R$ 2,5 mil;
•  Leve cartão de crédito para emergência;
•  Anote em uma agenda números de táxis, companhias áereas, empresas de ônibus e imprima mapas, para não ficar refém da internet;
 •Esteja ciente que passará dias comendo ‘arepa’ (bolinho de milho típico do local, consumido em quase todas as refeições);
• Prepare-se fisicamente. Antes da viagem, faça corrida, caminhada e ciclismo para aguentar a subida e descida do Monte Roraima;
• Troque, antecipadamente, o dinheiro em Real para Bolívar.
Anote
• Reserve R$ 60 para refeições do dia (geralmente os hotéis e hostels oferecem o café da manhã);
• Caso não abra mão do conforto e privacidade, opte pelo hotel;
• Embora surjam promoções nas vésperas da viagem, não conte com a sorte. Compre a passagem antecipadamente e tenha certeza de que poderá viajar na data;
• Nas viagens internacionais, opte por entrar por uma cidade e sair por outra (sai mais em conta);
• Para a Europa, leve o comprovante de estadia e o equivalente a R$ 250 em euros, para cada dia (vale apresentar o limite do cartão de crédito, na fatura atual);
• Leve o cartão de crédito livre para compras. Zere as compras no mês anterior da viagem;
• Ao ir ao Monte Roraima, opte por pacotes de excursão ao local vendidos na Venezuela (sai mais em conta do que no Brasil).
STB ajuda a conquistar o sonho
Para quem acredita que precisa de auxílio a mais para viajar, seja para estudar ou trabalhar, a empresa Student Travel Bureau (STB) é líder nacional no segmento turismo para jovens.
Com unidade na Austrália e 70 lojas no Brasil, a empresa tem experiência de mais de 40 anos em intermediação de programas, como cursos de idiomas, extensão universitária, experiência de trabalho ou turismo.
Além disso, conta, ainda, com recrutador exclusivo para os programas de trabalho da Disney no Brasil.
A STB oferece suporte completo nas viagens, como assistência médica internacional, reserva de acomodações e transporte e a Carteira Mundial do Estudante (ISIC).
Cursos de Férias
A ‘Student Travel Bureau’ possui  programas de férias elaborados especialmente para jovens estudantes entre 12 e 17 anos de idade. Há, também, cursos de nove idiomas, em 21 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Emirados Árabes, Escócia, Espanha, EUA, França, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Malta, Nova Zelândia, Rússia e Suíça.
Com o auxílio da empresa também é possível elaborar um plano de estudos para Ensino Médio, na  Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça

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