(portal Acrítica)
Informações
disponibilizadas pelo CNJ nesta semana formam um panorama da atividade
de adoções no país; no ranking geral, o estado é o 25º em número de
candidatos a pais e mães
Dados
divulgados nesta semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram
como anda a atividade de adoção no país. Entre outras coisas, desde
2008, ano da criação do projeto, até o ano passado, 800 crianças foram
adotadas no Amazonas. A proporção de candidatos a pais para o número de
crianças disponíveis (73, para 17 crianças) também é bastante favorável a
elas. No ranking geral, o estado fica em 25º lugar – antepenúltimo
entre os 27 estados – no número de pretendentes.
O Cadastro Nacional de Adoção,
iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para reunir
informações de todo o país sobre crianças e pretendentes a pais e mães, disponibilizou
na última quarta (13) dados e estatísticas referentes à sua atuação
nesses seis anos. Os documentos ajudam a montar um verdadeiro panorama
da adoção no país.
Como
em outros setores nacionais, a disparidade social e racial também é uma
mancha incômoda no registro de adoções. Um dos relatórios mostra que o
percentual de pretendentes a pais que aceitam uma criança indígena é de
apenas 39,85%, o mais baixo da lista. A situação também é bastante
preocupante para jovens a partir dos dez anos: nenhum dos índices daí em
diante supera sequer os 0,30%. Crianças brancas, entre 1 e 3 anos de
idade, e do sexo feminino, são a grande preferência de candidatos a pais
pelo Brasil afora.
A
lista também é reveladora em demais aspectos da Região Norte. Por estas
bandas, a preferência maior é por crianças pardas (11,19%), superando
até mesmo as de cor branca (7,96%). Talvez seja por necessidade: a
proporção de crianças pardas disponíveis para adoção é muito superior à
de outras raças (76,92%; as brancas vêm sem segundo lugar, com 9,62%,
seguidas por negras, indígenas e orientais). A preferência por pardas
também ocorre no Nordeste (12,35%, mas seguidas de perto pelas brancas,
com 11,71%), com as crianças brancas desbancando com larga margem as
demais nas outras regiões do país.
O
Brasil tem, atualmente, mais de 31,6 mil pretendentes a pais e mães, e
cerca de 5,4 mil crianças disponíveis para adoção. Segundo dados de
outubro de 2013, desse número, 4,3 mil (80%) estão na faixa etária acima
de 9 anos. No banco de crianças disponíveis para adoção do DF, crianças
com menos de 12 anos são minoria. Ainda assim, só no ano passado, a
Justiça do DF autorizou 167 adoções. Em 2010, foram 195. A realidade não
é diferente no plano nacional.
* Com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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