(portal Acrítica)
Diretor-executivo
do Comitê Olímpico Internacional lembrou que antes dos Jogos de
Sidney-2000 e Atenas-2004 também houve muitas dúvidas e críticas aos
eventos, mas o engajamento foi aumentando com o avançar do tempo
O
diretor-executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI), Glibert
Felli, demonstrou confiança nesta segunda-feira (4) na conclusão das
obras dentro do prazo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que
começam em dois anos, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, afirmou que o
Brasil não precisa sofrer com os atrasos como na Copa do Mundo.
Segundo
Felli, nesse estágio da preparação as cidades olímpicas normalmente
vivem uma fase de “trauma”, uma vez que as instalações ainda não estão
prontas e muitas perguntas sobre questões como logística e mobilidade
ainda não têm repostas precisas.
“O
momento agora é de trauma, com pressão de fora e de dentro. A imprensa
quer saber quanto tempo vai levar de um ponto ao outro e o comitê tem
receio em dizer", disse Felli a jornalistas em seminário sobre os dois
anos para os Jogos.
O
executivo chegou a lembrar que antes dos Jogos de Sidney-2000 e
Atenas-2004 também houve muitas dúvidas e críticas aos eventos, mas o
engajamento e apoio foram aumentando com o avançar do tempo. “Estou
confiante que sim, aqui vai dar certo e tudo ficará pronto”, afirmou.
Preocupado
com o andamento dos preparativos dos Jogos, o COI anunciou em abril que
tomaria medidas para monitorar o progresso da organização, incluindo
uma presença mais forte no Rio, depois que federações internacionais
criticaram o país por atrasos.
O
prefeito da cidade, Eduardo Paes, reconheceu que o cumprimento de
prazos não faz parte da cultura dos brasileiros, como se viu com os
atrasos nas obras da Copa do Mundo, mas garantiu que os Jogos poderão
ajudar o país a aumentar seu comprometimento com datas.
“Vamos
entregar no prazo, mas é uma cultura que estamos longe de ter... não é
uma característica fazer as coisas no prazo e é um amadurecimento que
temos que ter”, afirmou Paes, ao frisar que mantêm uma tranquilidade
vigilante em relação ao complexo esportivo de Deodoro, que está com
obras atrasadas.
"O
Brasil não precisa sofrer tanto como na Copa do Mundo e ter gerado
tanta cobrança e crítica. Nosso objetivo é mostrar que para nós e para
fora temos capacidade de realizar um evento", acrescentou.
Até
o momento, os Jogos de 2016 estão orçados em 37,6 bilhões de reais,
incluindo os gastos do comitê organizador, os projetos exclusivos da
Olimpíada e as obras de infraestrutura que ficarão como legado para a
cidade.
Os
números foram atualizados na semana passada e ainda vão subir até os
Jogos, uma vez que ainda há alguns projetos sem orçamento.
Segundo
o prefeito do Rio, a Olimpíada vai promover uma revolução na cidade nas
áreas de infraestrutura e logística, entre outras. Paes disse que
muitas obras a serem feitas até 2016 estavam na fila de espera há cerca
de 50 anos.
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